Maria Eliza Barbosa apareceu no futebol como candidata ao posto de sucessora de Ana Paula de Oliveira como musa da arbitragem brasileira. Mas a assistente não seguiu o mesmo caminho da ex-colega e rejeitou até convites para posar em revistas masculinas. Agora, fala em abandonar em breve os gramados para colocar em prática seus projetos pessoais.
‘Eu não penso em trabalhar até a idade limite de 45 anos, longe disso’, afirmou a ‘bandeirinha’, de 31 anos, durante exame oftalmológico desta sexta-feira promovido aos árbitros e assistentes que vão trabalhar no Campeonato Paulista de 2012.
Natural de Ituverava, Maria Eliza Barbosa carrega a ideia de se casar. O candidato é o atual namorado, um administrador de empresas que reside na cidade de Orlândia. ‘Ele gosta de futebol, assiste os jogos e é um observador do meu trabalho’, diz, orgulhosa. ‘Eu também quero ter um filho’, emendou.
Além disso, a assistente também planeja outros passos profissionais. ‘Eu sou professora de Educação Física e também acabo de abrir uma franquia (de uma marca de chocolates). Mais para frente, vou cuidar apenas destas atividades’, avisou.
De qualquer forma, Maria Eliza Barbosa acredita que o caminho da arbitragem está aberto a outras representantes do sexo feminino. A assistente carrega a certeza de que o preconceito pela participação de mulheres diminuiu no futebol.
‘Acho que a participação da Sílvia Regina (ex-árbitra e atual diretora da Escola de Árbitros da Federação Paulista de Futebol) foi decisiva, ela sofreu bastante, eu mesmo já fui bem recebida’, destacou.
Para a função de assistente, Maria Eliza Barbosa concorda, inclusive, com os defensores de que as mulheres são as mais indicadas para a função, sobretudo pela atenção na marcação dos impedimentos. ‘A mulher tem uma percepção melhor’, justificou a representante paulista, que ficou no quadro da Fifa entre 2008 e 2011, mas perdeu o posto recentemente por não participar dos testes em função de um problema físico.