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Filme ‘O Gringo’ passa a limpo a carreira de Petkovic

Nos 10 anos do gol do tricampeonato carioca, craque sérvio lança filme sobre sua vida em festival de cinema

Por Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
27 Maio 2011, 14h25

“Quem é esportista sabe que às vezes é difícil contar até 10 quando a pulsação está a 200 por hora”

Há exatos 10 anos, um gol de falta transformou o sérvio Dejan Petkovic em ídolo eterno de uma nação de 38 milhões de torcedores – bem mais do que os cerca de 10 milhões de habitantes do seu país natal. Em meio às comemorações da façanha, está sendo lançado o documentário O Gringo, que foi exibido para convidados, na noite de quinta-feira, num cinema da Zona Sul do Rio de Janeiro. O filme abriu a segunda edição do Festival de Cinema de Futebol, o Cinefoot.

Aos 38 anos, Pet anunciou recentemente sua despedida dos gramados. Será no dia 5 de junho, no clássico contra o Corinthians, no Engenhão. É o fim de uma carreira que lhe rendeu a fama de gênio e genioso. E, durante o evento, Pet mostrou que continua sendo o Pet de sempre. Bastou uma falha no áudio do filme para tirar o jogador do sério e deflagrar um rompante perfeccionista.

“Se o áudio não voltar em cinco minutos, não terá filme. Vocês merecem o melhor. Quero o áudio em 5.1. E assumo a responsabilidade porque eu sou o maior responsável por esse projeto”, disparou, provocando constrangimento com a organização do festival.

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Para sorte da plateia, composta por gente como a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, e o músico Ivan Lins, responsável pela trilha, o som voltou e a sessão prosseguiu. Momentos antes, em entrevista coletiva, Pet tinha admitido que corre sangue quente em suas veias.

“Eu era marrento para o bem. Eu só queria ganhar. Você tem que ser agressivo dentro do campo. Tem que ter personalidade. Quem é esportista sabe que às vezes é difícil contar até 10 quando a pulsação está a 200 por hora e você quer muito ganhar, pelo compromisso com a sua família e com a sua camisa. Mas isso é dentro do campo. Fora dele, temos que cuidar da nossa imagem”, argumentou o craque.

Trata-se de um filme para todos que admiram o futebol arte, independente do time de coração. O filme, que é falado em português e em sérvio, passa a limpo a carreira de Pet, desde os tempos de Estrela Vermelha,em seu país natal, até o título de Campeão Brasileiro em 2009 com o Flamengo. Personalidades do futebol como Zico, Vanderlei Luxemburgo e Mário Jorge Lobo Zagallo prestam depoimentos elogiosos ao gringo. O Velho Lobo, aliás, chega a dizer que, se tivesse nascido por aqui, Pet certamente teria jogado pela Seleção Brasileira.

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O documentário dá ênfase ao gol do tricampeonato estadual em 2001 e à conquista do Brasileirão de 2009, ambos pelo Flamengo. Mas o filme também exibe a trajetória de Pet nos rivais Vasco e Fluminense, inclusivando mostrando gols do craque contra o time da Gávea. Na coletiva, Pet fez questão de elogiar os líderes das torcidas organizadas de Flamengo, Fluminense e Vasco, que assistiram juntos à primeira sessão do filme. O jogador teve passagens pelos três clubes, mas foi no Flamengo que se consagrou.

Pet, que em sua terra natal também atende pela alcunha de Rambo, aproveitou o documentário para botar os inimigos na berlinda. Seus alvos foram: o técnico Fabio Capello, com quem teve uma relação conturbada em sua passagem pelo Real Madri; os dirigentes da seleção sérvia e até o governo dos Estados Unidos.

Durante a exibição, o clima era de estádio de futebol. Os espectadores/torcedores vibravam a cada drible ou gol de Pet, como se estivessem diante de uma transmissão ao vivo. Mas a última chance de ver o craque sérvio será mesmo no próximo dia 5, contra o Corinthians. Ele garante que não há risco de adiar a aposentadoria.

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