Uma das primeiras atitudes do técnico Emerson Leão quando assumiu o comando do São Paulo, em outubro de 2011, foi afastar de vez o volante Casemiro do time titular. O diagnóstico do treinador foi claro: o jovem voltou mal da Seleção Brasileira e só passaria a ter chances no Paulistão do ano seguinte. As previsões do comandante se confirmaram e, pela primeira vez em meses, Casemiro teve uma exibição de gala com a camisa do Tricolor.
Diante da Ponte Preta, neste domingo, o São Paulo venceu por 3 a 1, e Casemiro entrou no lugar do estreante Jadson para participar ativamente dos dois últimos gols que tiraram o empate do placar em Campinas. No primeiro lance, o camisa 28 enfiou a bola para Cortez, que serviu Lucas para marcar. O outro foi ainda mais inspirado: com belo lançamento de Casemiro, Lucas pôde cruzar para o artilheiro Willian José fechar a conta.
A nova fase que vive o volante no São Paulo foi elogiada pelo técnico Emerson Leão, que ainda o mantém no banco de reservas: ‘O Casemiro voltou bem, está de bem com a vida e com a profissão dele, o que é mais importante do que qualquer outra coisa. Ele está entendendo e aceitando porque sabe que falamos a verdade. E está mostrando isso também’.Leão ainda destacou os fatores que considera mais importantes para o retorno triunfal do volante, que foi promovido ao elenco profissional do São Paulo em 2010: ‘Uma coisa muito boa do Casemiro para este ano é que voltou com muita vontade, inspiração. E aprendeu a escutar’
Destaque do Tricolor na campanha do título da Copa São Paulo de Juniores, em 2010, Casemiro logo foi promovido ao elenco profissional por Ricardo Gomes. O primeiro técnico a dar oportunidades reais foi Paulo César Carpegiani, que tinha o volante como titular absoluto de sua equipe. Em 2011, o jogador vestiu a camisa da Seleção Brasileira Sub-20 no Sul-americano e no Mundial da categoria, sagrando-se campeão de ambos.
De volta ao time, cobrou e foi atendido no pedido de renovação contratual e aumento de salário. Nesse período, chegou a vestir a camisa da Seleção principal de Mano Menezes. Entretanto, a queda de produção foi fatal e Adílson Batista já o utilizava entre os reservas antes mesmo da chegada de Leão, que só deu sequência ao tratamento.
O próprio presidente do clube, Juvenal Juvêncio, descreveu a situação de Casemiro como ‘preocupante’ na ocasião, mas resolveu dar confiança e chegou até a recusar uma proposta no valor de 8 milhões de euros no início de 2012. Aos poucos, com a naturalidade desejada por Emerson Leão, o deslumbramento foi cessando e o bom futebol reaparecendo.