As escuderias da Fórmula 1 estão apreensivas em relação à disputa do Grande Prêmio do Bahrein, previsto para o dia 22 de abril no circuito de Sakhir, devido aos distúrbios no país, indicaram nesta segunda-feira jornais britânicos.
Segundo o Times, que não cita sua fonte, centenas de engenheiros, mecânicos e outros funcionários receberam duas passagens de avião diferentes para sair da China, onde é disputada a prova anterior a de Bahrein: uma até o país do Golfo Pérsico e outra para a Europa, caso a corrida seja cancelada.
Por usa vez, o The Guardian, referindo-se a um “membro importante” de uma equipe que falou anonimamente, diz que as equipes pediram à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) que a corrida seja anulada.
Centenas de pessoas fizeram uma nova manifestação na sexta-feira pela libertação de Abdel Hadi Al Jawaja, um militante preso que completa dois meses em greve de fome.
A FIA garantiu, neste mesmo dia, em um comunicado, que “monitora e avalia permanentemente” a situação no Bahrein e que “as mais altas autoridades” do país asseguram que está tudo “sob controle”.
“O país tem sofrido muito, a economia também. Tudo o que aconteceu é muito triste, mas não podemos voltar atrás e refazer a história. Temos que tirar conclusões e seguir adiante”, defendeu o chefe do Circuito do Sakhir, Zayed Alzayani, na rádio BBC 4.
“A corrida não é organizada para que as autoridades fiquem satisfeitas, até porque Bahrein é a pátria dos esportes automotivos no Oriente Médio. Realizamos sete Grandes Prêmios e a maioria do público não é formada por membros da família real, e sim por fãs da F1 e do esporte automotivo em geral”, argumentou.
“É um evento regional e há muitos espectadores que vêm de países vizinhos. Não seria correto privá-los desse acontecimento. Não sei como chegamos a entrar nesse contexto político, somos um evento social e desportivo e gostaríamos de seguir assim”, explicou.
Em 2011, a corrida não pôde ser disputada devido aos distúrbios.