Emerson Leão reclamou de individualismo no São Paulo após a vitória sobre o Independente de Tucuruí e Lucas se irritou, dizendo ‘não saber o que fazer’. Nesse domingo, o meia-atacante optou por tocar demais a bola e voltou a ser criticado depois do triunfo sobre a Portuguesa. Desta vez, virou pivô de mais uma discussão entre o técnico e seu empresário, Wagner Ribeiro.
‘É como ter uma Ferrari. Você sabe que anda rápido, mas, se o piloto não sabe dirigir ou trocar as marchas, o carro não vai bem’, disse o agente à rádio ‘Estadão/ESPN’, iniciando uma nova briga com Leão – ambos já trocaram provocações publicamente a respeito de Ilsinho, Lulinha e Tiago Luís, entre outros, jovens que não tiveram o espaço que Ribeiro queria.
O empresário admite que seu cliente foi mal contra a Lusa, mas que atuou como o chefe mandou. ‘Realmente o Lucas não jogou bem, mas não é mimado. Estava obedecendo a ordens. Não tem birra. Ele é muito bem formado, com personalidade. Não quer polêmica’, informou. ‘Ele é empregado do clube e cumpre ordens. Mas, ao mesmo tempo, sabe que o forte dele é pegar a bola e partir em velocidade contra a marcação.’
Direcionando-se sempre contra o atual treinador do Tricolor, Wagner Ribeiro ainda rebateu a declaração de Leão de que fica só ‘duas ou três horas por dia com Lucas’, sem saber o que ele faz fora do clube. A possível insinuação de uma vida desregrada irritou o empresário.
‘Foi um pouco maldosa. O Lucas sempre convive com as melhores pessoas da família e os melhores amigos. Sempre o aconselhamos a ser bastante profissional, respeitar a todos e jogar futebol. É o que ele tem feito’, garantiu, com um alerta. ‘Estão colocando o Lucas contra a torcida. Amanhã, o time perde e o culpado vai ser o Lucas’, avisou.
O agente ainda criticou os dirigentes por permitirem o que tem ocorrido com Lucas. ‘Ele tem potencial. Ao lado do Neymar, é o único no Brasil que recusou proposta do exterior. É patrimônio do clube e o São Paulo sempre teve uma estrutura excelente, mas o Lucas está sendo mal dirigido, administrado e trabalhado. É uma Ferrari, um jogador de Seleção Brasileira que não quer sair do São Paulo e ama o clube’, assegurou.