EI obriga criança a arrancar símbolo do Real Madrid de uniforme
Grupo extremista proibiu a população de utilizar camisas de clubes e marcas ocidentais em seus territórios
Há cerca de um mês, o grupo extremista Estado Islâmico espalhou cartazes para anunciar a proibição do uso de uniformes de equipes europeias em seus territórios. Na semana passada, uma criança iraquiana foi flagrada cometendo a “infração” e teve sua roupa favorita, uma camisa azul do Real Madrid, “mutilada”. Os terroristas arrancaram o símbolo da equipe espanhola da camisa do garoto Ismail, que contou sua história ao fotógrafo Ahmed Jadallah, da agência de notícias Reuters.
Ismail vive em uma região controlada pelo EI chamada Jarbuah, próximo a Mosul, e em 28 de outubro conseguiu fugir até um acampamento do Exército Livre Curdo – grupo que vive em áreas do Iraque, da Síria e da Turquia e combatem a expansão territorial do EI. Curiosamente, os terroristas arrancaram apenas o símbolo do Real Madrid e mantiveram o logo do Milan, no agasalho de Ismail.
Em setembro, o grupo extremista divulgou que puniria com 80 chibatadas quem vestisse roupas de marcas e clubes ocidentais, o que representaria um “desrespeito à ordem”. No cartaz, apareciam em destaque os logos de Nike, Adidas, Real Madrid, Barcelona, Milan, além de bandeiras de Estados Unidos, França e Inglaterra.
Em maio, terroristas invadiram a sede de um fã-clube do Real Madrid e mataram ao menos 16 torcedores na cidade de Balad, próxima à capital iraquiana Bagdá. Na ocasião, o clube espanhol divulgou uma nota de repúdio ao Estado Islâmico e prestou solidariedade aos torcedores iraquianos do time.