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Drama de Elano: estudo na USP mostra peso do estresse nos pênaltis

A perda de pênaltis em um momento de decisão está entre as piores sensações para um jogador de futebol, até mesmo os atletas amadores já sentiram o drama do erro. Recentemente, o equívoco da marca fatal foi amargado por quatro representantes da seleção brasileira na eliminação contra o Paraguai, pela Copa América. A propósito, um […]

Por Da Redação
28 jul 2011, 10h05
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  • A perda de pênaltis em um momento de decisão está entre as piores sensações para um jogador de futebol, até mesmo os atletas amadores já sentiram o drama do erro. Recentemente, o equívoco da marca fatal foi amargado por quatro representantes da seleção brasileira na eliminação contra o Paraguai, pela Copa América. A propósito, um deles, o meia Elano, voltou a repetir a falha com a camisa do Santos na rodada desta quarta-feira pelo Campeonato Brasileiro. A pressão de enfrentar a marca dos 11 metros não é fácil.

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    Uma tese de doutorado defendida pelo professor de Educação Física e fisioterapeuta Nelson Toshiyiki Miyamoto – apresentando uma pesquisa no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) – procurou simular o peso do estresse em um batedor de pênalti. E os dados mostraram que há influência na coordenação motora do batedor sob pressão externa, principalmente da torcida.

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    ‘O trabalho foi uma simulação de cobrança feita em computador, eram usadas duas situações: sem interferência externa (como um estádio vazio), em um laboratório sem ninguém, e com a simulação de uma torcida feita por alguns dos alunos da Educação Física e do Esporte da USP. Analisamos o nível de cortisol (que mostra o estresse) através da saliva e da frequência cardíaca’, explica Nelson Toshiyiki Miyamoto.

    Na simulação computadorizada, o voluntário decidia o canto do chute através de uma alavanca. Enquanto isso, a máquina escolhia o lado do goleiro. Em algumas situações, o arqueiro partia para esquerda ou para a direita com antecedência – a partir de 200 milissegundos – algo já perceptível para o cobrador.

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    ‘Sob o estresse externo, houve 20% a mais nos erros mesmo quando o voluntário tinha a chance de perceber o lado em que o goleiro partia com antecedência’, destaca Nelson Toshiyiki Miyamoto.

    Para Elano, a tendência é que a pressão da torcida fique ainda mais forte na próxima oportunidade em que for chamado a um pênalti. Ao errar a cavadinha da cobrança contra o Flamengo, o meio-campista foi vaiado de forma impiedosa por alguns fãs do Santos.Ainda por cima, o nível de estresse do atleta poderia ter uma elevação extra em função de um problema particular vivido durante a semana com seu pai.

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    A disputa de pênaltis já reservou alegrias e tristezas para a seleção brasileira, apesar de o trauma ter retornado na Copa América. Na final da Copa do Mundo de 1994 e na semifinal de 1998, a equipe nacional saiu de campo vencedora e com as glórias. Em Mundiais, o principal fracassoverde-amarelo em penalidades foi registrado em 1986, contra a França.

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