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Dirigente inglês lança suspeita sobre o brasileiro Teixeira

Ex-presidente da candidatura do país à Copa-2018 diz que presidente da CBF e mais 3 integrantes do Comitê Executivo queriam algo em troca de seus votos

Por Da Redação
10 Maio 2011, 12h16

Triesman só diz que o brasileiro respondeu, ao ser questionado sobre a chance de apoiar a Inglaterra: “Venha me dizer o que você pode me dar”, indicando que queria algo em troca do voto

O dirigente que presidiu a candidatura derrotada da Inglaterra a sede da Copa do Mundo de 2018 incluiu o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em uma suspeita de corrupção. De acordo com o relato de David Triesman, que renunciou ao seu cargo no comando da candidatura inglesa no ano passado, o brasileiro e outros três integrantes do Comitê Executivo da Fifa queriam favores em troca de votos na disputa para receber o Mundial. A Rússia, considerada uma zebra na eleição, foi a vencedora da eleição na Fifa, um resultado que provocou surpresa geral. A CBF ainda não se pronunciou a respeito das declarações de Triesman – que falou nesta terça-feira a um comitê da Câmara dos Comuns, no Parlamento, em Londres.

Conforme o dirigente, o comportamento de Teixeira e dos outros três cartolas citados nas acusações ficou “abaixo do que seria eticamente aceitável”. De acordo com ele, o ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner, pediu 2,5 milhões de libras ao comitê inglês para construir um centro de formação de jovens em Trinidad. Depois, Warner ainda pediu mais meio milhão de libras para comprar os direitos de transmissão da Copa do Mundo como presente ao Haiti, que tinha sido arrasado por um terremoto. Sobre Teixeira, a suspeita é muito nebulosa. Triesman só diz que o brasileiro falou, ao ser questionado sobre a chance de apoiar a Inglaterra: “Venha me dizer o que você pode me dar”, indicando que queria algo em troca do voto.

O paraguaio Nicolás Leóz, presidente da Conmebol, teria feito um pedido inusitado: ao invés de cobrar suborno pelo voto nos ingleses, sugeriu ser agraciado com a Ordem do Império Britânico, segundo conta Triesman. Já o tailandês Worawi Makudi foi acusado de pedir como propina os direitos de transmissão de TV de um amistoso entre a Inglaterra e a seleção de seu país. Triesman prometeu levar as acusações à Fifa, mas repetiu várias vezes que aposta que as denúncias não serão investigadas como deveriam pela federação. O dirigente, que atuou na Fifa por quase três décadas, disse que a Inglaterra não revelou as informações antes porque temia acabar com qualquer chance de sucesso da candidatura para 2018.

No fim, a Inglaterra ganhou só dois dos 22 votos na disputa, realizada em dezembro último. O deputado John Whittingdale, presidente do comitê parlamentar que ouviu Triesman nesta terça, disse que escreveria ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, pedindo uma investigação urgente sobre o assunto. O próprio Blatter já tinha prometido agir caso alguma irregularidade cometida pelos integrantes do comitê executivo fosse comprovada. “Fiquei chocado ao ouvir esses relatos, mas é preciso ver provas”, disse ele nesta terça. “São informações novas. Precisamos de tempo para digeri-las e começar a investigá-las, pedindo evidências do que foi dito. Reagiremos imediatamente contra todos os que ferirem o código de ética.”

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