A vitória por 3 a 1 sobre o Náutico, na noite desta terça-feira, afastou o Guarani da zona de rebaixamento e deixou a equipe na 11posição. Entretanto, não foi capaz de amenizar o ambiente dos bastidores, que segue turbulento.
O departamento de comunicação do clube negou veementemente a venda do próprio patrimônio, inclusive o estádio Brinco de Ouro da Princesa, ao grupo HRL Administração, em negociação que giraria em torno de R$ 400 milhões.
Nesta terça-feira, no entanto, a ONG Garra Guarani, criada para fiscalizar o trabalho do presidente do clube, Leonel Martins de Oliveira, divulgou um documento referente à proposta a ser assinada por Leonel.
Este documento atesta que o valor de R$ 400 milhões, ao contrário do que se anunciava, é o total da negociação. A empresa não se comprometeria a construir outro estádio padrão Fifa e, além disso, teria que depositar um valor próximo de 5% do acordo imediatamente.
A Garra Guarani, em nota publicada em seu site oficial, prometeu entrar na justiça após o anúncio da negociação para que os dirigentes respondam civil e criminalmente pelo ato. ‘A entidade Guarani Futebol Clube, patrimônio histórico de Campinas e do Brasil, não acabará e não precisa de vocês, podem ter certeza disso. Já dissemos antes e reiteramos: iremos à Justiça imediatamente após o anúncio desse negócio e lutaremos até as últimas conseqüências’, diz a nota.
Em anúncio divulgado na manhã desta quarta-feira, o clube voltou a negar que tenha oferecido o patrimônio ou preparado o terreno para essa negociação, além de aproveitar para criticar a organização que divulgou o documento.
Confira trecho da nota divulgada pela assessoria de imprensa do Guarani:
‘O Guarani nunca ofereceu seu patrimônio a ninguém, apenas recebeu os que se diziam interessados, mas se revelavam escroques com o único objetivo de propor e levar vantagens. Esqueciam-se esses biltres que o tempo das falcatruas já passou e que hoje quem administra o Guarani é gente séria, que tem uma história de honradez e dignidade, bem diferente dos donos de línguas viperinas e textos sem nenhum compromisso com a verdade. Esses irresponsáveis criam números, alardeiam fatos, agem como se tudo soubessem, sem jamais apresentar uma fonte fidedigna. Saibam esses impostores, esses falsos bugrinos, esses adeptos do lema: quanto pior melhor, covardes que se escondem atrás de computadores, que a grande comunidade bugrina não lhes dá crédito. Crédito merece quem trabalha pelo clube! Se couber processo, diante de tanta infâmia ele será instaurado e as conseqüências quem vai poder ditar será a justiça’.