Os programas do gênero são o encontro de duas grandes paixões do brasileiro: o esporte e a televisão
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Uma das frases lapidares do idioma político do Brasil, a expressão “acabou em pizza” foi disseminada pela programação esportiva da TV. Nos anos 1960, o Palmeiras enfrentava um período turbulento, com acirrada divisão entre grupos de conselheiros rivais. Uma reunião conciliatória entre as facções – realizada, evidentemente, numa pizzaria – foi noticiada num jornal paulista com a manchete “briga no Palmeiras termina em pizza”. Torcedor fanático do time, o comentarista Milton Peruzzi, integrante da bancada pioneira do programa Mesa Redonda, adotou a sacada para si – e passou a usá-la como bordão na TV, ajudando a popularizar a frase. Com o passar do tempo, ela caiu no gosto do brasileiro – que, infelizmente, segue tendo motivos de sobra para usá-la, a cada caso de corrupção que termina com um larápio impune. O surgimento da expressão ilustra bem o impacto dos programas do gênero sobre o imaginário popular. Eles unem, afinal, duas paixões do brasileiro, o esporte e a televisão. Desde a estreia da TV no país, há mais de seis décadas, as atrações esportivas – desde as transmissões de jogos até a ficção inspirada pelo assunto – deram a origem a alguns clássicos desse meio. E produziram personagens inesquecíveis – alguns deles, mais conhecidos até que os próprios ídolos do esporte.
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