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Com campeonato estrelado, Índia tenta entrar de vez no cenário do futebol

Por Da Redação
29 jan 2012, 09h07

Igor G. Barbero.

Nova Délhi, 29 jan (EFE).- Estrelas como o italiano Fabio Cannavaro, eleito o melhor jogador do mundo em 2006, e os argentinos Juan Pablo Sorín e Hernán Crespo serão leiloadas na próxima semana na Premier Soccer League (PSL), um novo campeonato indiano que quer colocar o país asiático no mapa do futebol.

Junto a Cannavaro, Sorín e Crespo, também estarão presentes no torneio o nigeriano Jay-Jay Okocha, o inglês Robbie Fowler e o francês Robert Pires, novos destaques do futebol local, que encabeçarão a licitação que na segunda-feira definirá o elenco das seis franquias que compõem a PSL.

Quem também iria participar do campeonato é o centroavante espanhol Fernando Morientes, que, no entanto, notificou os organizadores há poucos dias de que não poderia se deslocar ao país asiático por razões pessoais.

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O torneio, que segue os passos de outros similares criados nos EUA, no Japão e no Catar, começará no dia 25 de fevereiro e será disputado durante sete semanas em Bengala, região local onde ferve a paixão futebolística em um país dominado pelo críquete.

Segundo os dados disponibilizados à Agência Efe pela empresa organizadora, a Celebrity Management Group (CMG), primeiro haverá uma pequena liga com partidas em quatro dias na semana e depois uma fase final para qual se classificarão os quatro melhores times.

A populosa cidade de Calcutá e outras cinco localidades – Barasat, Howrah, Haldia, Durgapur e Siliguri – serão as sedes das equipes, cujas franquias serão encarregadas de desenvolver todos os aspectos logísticos e promocionais.

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Os jogadores estrangeiros, todos com idades próximas aos 40 anos, serão contratados no leilão por um preço entre US$ 500 mil e US$ 800 mil.

Jogadores procedentes de países latino-americanos, africanos e asiáticos também irão reforçar os times, além de indianos, incluindo jovens promessas menores de 21 anos.

‘Os jogadores sabem para onde vão e gostam do projeto’, disse um porta-voz da empresa organizadora da competição.

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Os times serão dirigidos por treinadores estrangeiros, alguns deles ex-jogadores, como o português Fernando Couto e o boliviano Marco Etcheverry.

As fontes consultadas pela Efe admitem que o campeonato contará com muitos veteranos, mas destacam que a competição servirá para dar um impulso ao futebol na Índia.

‘Esperamos uma reação espetacular da comunidade internacional. Vamos quebrar o gelo na Índia’, disse o secretário da Associação de Futebol indiano, Kumar Ganguly.

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‘Será uma ótima influência para a juventude. Bengala demonstrou toda sua torcida pelo futebol’, acrescentou.

O secretário acrescentou que os estádios, com capacidades entre 15 e 30 mil espectadores, terão que ser reformados pelas respectivas equipes.

A organização defende que a PLS tem o objetivo de criar uma nova cultura, audiência e mercado futebolístico, promover o futebol e aumentar a infraestrutura de primeira classe.

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Contudo, alguns observadores levantaram dúvidas sobre a capacidade real para organizar um evento desta envergadura na Índia, uma potência emergente ligada ao alto crescimento, mas com enormes desigualdades sociais.

O país ainda planeja se livrar do famoso fracasso dos Jogos da Commonwealth de 2010, em Délhi, embora este fiasco tenha sido resolvido com o primeiro GP de Fórmula 1 realizado em outubro passado nos arredores da capital indiana.

Calcutá já recebeu com sucesso em setembro uma partida amistosa entre Venezuela e Argentina no Salt Lake Stadium, o segundo maior do planeta, o que faz crer que a mini liga das estrelas poderá provocar uma boa reação no público local.

As entradas custarão cerca de 100 rúpias (R$ 3,50), um preço baixo para padrões ocidentais, porém mais alto que o habitual nas partidas da primeira divisão indiana atual, um torneio de estrutura amadora que conta com aproximadamente 300 jogadores.

A organização espera que as principais fontes de renda sejam os suculentos contratos televisivos, o marketing, a publicidade e os patrocinadores do campeonato.

O futebol na Índia, concentrado basicamente no leste e no sul do país, se abriu um pouco nos últimos anos, e são várias as equipes de elite que apostaram em patrocinar escolinhas de formação de jogadores, entre eles o Barcelona. EFE

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