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COB inaugura centro de musculação para atletas de alto desempenho no Rio

Sala de 500 metros quadrados, com equipamentos de ponta, custou 400 mil reais

Por Flávia Ribeiro, do Rio de Janeiro
16 dez 2011, 17h33

Ex-jogador de vôlei, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, tinha 21 anos quando foi cortado da seleção brasileira que disputaria os Jogos Pan-Americanos de São Paulo, em 1963. Colocou na cabeça que iria para os Jogos Olímpicos do ano seguinte de qualquer jeito. Treinou tanto que foi escolhido como “cobaia” do primeiro projeto de condicionamento e musculação do exército. Graças a isso, reconquistou seu lugar na equipe e disputou as Olimpíadas de 1964, em Tóquio. Hoje, 48 anos depois, o COB inaugurou a sala de força e condicionamento do Centro de Treinamento Time Brasil, no Parque Aquático Maria Lenk.

“Estamos oferecendo aos atletas brasileiros 500 metros quadrados da maior instalação de preparação física do país. O conforto de fazer toda sua preparação física no mesmo local é o ideal. Para um país se tornar uma potência olímpica, é fundamental que tenha centros de treinamento para o alto rendimento. Se essa necessidade está suprida, em parte, com o que teremos neste complexo, estamos no caminho certo”, disse Nuzman, rodeado por atletas participantes do Time Rio, como Natália Falavigna, do taekwondo, Rosângela Santos, do atletismo, e Nivalter Santos, da canoagem.

Nas quase cinco décadas entre o projeto piloto de 1964 e a nova sala lançada esta manhã, a caminhada foi lenta. Ex-recordista mundial dos 400m medley e medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, o ex-nadador Ricardo Prado lembra que nos anos 80 a estrutura era nula. “Não tinha nada. O atleta ficava limitado ao que o clube por onde ele treinava podia ou não oferecer. Hoje, isso está no nível de centros de países como Estados Unidos e Austrália”, comentou Prado, que trabalha como gerente de competição do Rio 2016.

Na sala, que custou 400 mil reais, há aparelhos que servem a todos os esportes e alguns direcionados a modalidades específicas, como o caiaque ergômetro e os dois remos ergômetros, para simulação e treinamento de remo e canoagem. As seleções de taekwondo, atletismo, remo, canoagem, ginástica artística, natação, nado sincronizado, saltos ornamentais, levantamento de peso e judô já demonstraram interesse em treinar na nova sala. “Ela foi projetada com a participação de atletas, treinadores e dos profissionais da nossa área de ciência do esporte”, disse o superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinícius Freire. “A opinião dos treinadores e atletas foi importante, porque cada modalidade tem suas próprias exigências. É importante oferecer essa diversidade. Podemos atender 40 atletas por hora, cerca de 400 por dia, se necessário”, completou o gerente de projetos especiais, Jorge Bichara.

Natália Falavigna foi uma que deu vários palpites. A atleta testou a sala há dois meses e meio, antes de seguir viagem para o México, onde venceu a seletiva pan-americana de taekwondo e conquistou vaga para Londres. “Voltei e estou usando a sala desde semana passada. Antes, comentei que o banco de halteres estava muito longe da área onde a gente faz o treino mais pesado, e eles aproximaram. Testei a angulação das máquinas, todo o funcionamento, pedi a troca de uma roldana. Eram detalhes, agora está perfeito”, afirmou.

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