Londres, 23 mai (EFE).- Campeão da League Two (quarta divisão inglesa) na temporada 2011/2012, o Swindon Town começa a traçar planos para a disputa da League One, e pelo menos uma de suas contratações vem recebendo grande atenção da imprensa britânica: a do goleiro Luke McCormick, que está preso por ter provocado um acidente fatal de trânsito.
O jogador, de 28 anos, foi condenado em outubro de 2008 a sete anos e quatro meses de prisão pela morte de dois irmãos de 10 e 8 anos de idade. Ele estava embriagado quando adormeceu ao volante e seu veículo se chocou com outro, no qual estavam os meninos.
O goleiro, que voltava de uma festa de casamento, declarou-se culpado pelo acidente e admitiu ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir. O Plymouth, equipe que defendia na época, encerrou seu contrato quando ele foi declarado culpado.
McCormick será colocado em liberdade condicional em junho, três anos e meio após sua condenação. Graças a uma permissão especial da Justiça, desde janeiro ele treina com o elenco do Swindon, cujo técnico é o polêmico Paolo Di Canio. No último dia 15, a federação inglesa de futebol abriu investigação contra o italiano – que desde seus tempos como jogador se declara abertamente como fascista – por racismo. A acusação foi feita pelo atacante Jonathan Téhoué, recém-dispensado do clube inglês.
De acordo com o presidente do Swindon, Jeremy Wray, McCormick merece a chance de se reintegrar à sociedade e continuar a trabalhar com o que gosta.
‘Damos pêsames à família das vítimas, foi uma tragédia e suas vidas estão destroçadas, mas o jogador esteve na prisão e agora quer voltar e oferecer algo à sociedade’, afirmou o dirigente nesta quarta-feira à emissora britânica ‘BBC’.
‘O melhor que podemos fazer é reabilitá-lo, e isso é o que o Swindon vai tentar. Sei que isso vai gerar um grande debate, mas não tenho medo do que possam pensar’, acrescentou.
Wray também disse estar convencido de que, apesar de McCormack ter passado três anos e meio na prisão, o goleiro enfrenta uma ‘pequena condenação cada vez que pensa no que fez’. EFE