Cigano, campeão do futuro – e grande ausência do UFC Rio

Brasileiro da categoria peso-pesado quer conquistar título e defendê-lo no país

Por Davi Correia
13 jul 2011, 09h19

Luta entre Junior Cigano e Shane Carwin no UFC 131 (Donald Miralle/Zuffa LLC/UFC/Divulgação/VEJA)

Em processo de recuperação de uma lesão no punho, Cigano não teria condições de lutar no Rio, mas disse que abriria uma exceção se o adversário fosse Cain Velasquez

Junior “Cigano” dos Santos tornou-se conhecido nos Estados Unidos depois de participar do reality show TUF (The Ultimate Fighter) em 2011. No Brasil, o catarinense de 26 anos está começando a ganhar mais espaço entre os fãs de MMA. Invicto no UFC, com sete vitórias, Cigano deve ter uma oportunidade de brigar pelo título da categoria peso-pesado contra o americano Cain Velasquez, mas Dana White, presidente da franquia, ainda não confirmou a luta. Para vários especialistas, Junior “Cigano” do Santos será o próximo brasileiro campeão do UFC.

Envolvido nas lutas organizadas por Dana White desde 2008, Cigano já venceu nomes conhecidos como o croata Mirko Cro Cop, o americano Roy Nelson e o brasileiro Fabrício Werdum. Sua última vitória foi no UFC 131, em junho de 2011, quando deixou o rosto do americano Shane Carwin desfigurado. Cigano começou treinando jiu-jitsu, mas sua principal característica é a excelente trocação com golpes rápidos de boxe. “Comecei lutando jiu-jitsu e depois de uns dois meses meu professor viu que eu tinha potencial para o boxe. Tudo ainda é muito recente, mas está sendo maravilhoso.” Cigano não lutará no UFC Rio, mas confirmou que irá prestigiar o evento, que volta ao país depois de mais de 10 anos – a primeira e única vez que aconteceu no Brasil foi em 1998, em São Paulo. “Vou está lá durante toda a semana toda, até porque vou ajudar o Minotauro na preparação para a luta.” Antônio Rodrigo Nogueira, mais conhecido como Minotauro, enfrentará o americano Brendan Schaub, que vem de uma vitória contra o croata Mirko Cro Cop. Em processo de recuperação de uma lesão no punho, Cigano não teria condições de lutar no Rio, mas disse que abriria uma exceção se o adversário fosse Cain Velasquez, detentor do cinturão da categoria peso-pesado. “Se colocassem o Velasquez eu lutaria, daria um jeito para entrar no octógono.” Ele não esconde a expectativa de conquistar o cinturão e já pensa em defendê-lo no Brasil. “Se Deus quiser terei a oportunidade de defender o cinturão aqui, no próximo ano. Eu gosto dessa energia dos fãs brasileiros.”