Londres, 16 jan (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, garantiu nesta segunda-feira que não tolerará racismo no futebol da Inglaterra e se mostrou preocupado pelos últimos casos de discriminação ocorridos nesta temporada.
‘Minha mensagem é clara: não toleraremos o racismo no Reino Unido. Não tem nenhum cabimento em nossa sociedade’, declarou Cameron durante uma recepção dedicada à organização esportiva sem fins lucrativos Street League.
O primeiro-ministro pediu aos jogadores e às equipes da Premier League para atuarem como modelos na luta contra o racismo e destacou a necessidade que mais treinadores e diretores de minorias étnicas cheguem aos clubes de elite.
As declarações chegam uma semana depois da criação de uma comissão parlamentar para investigar casos de racismo no esporte, por conta dos incidentes recentemente protagonizados pelo uruguaio Luis Suárez, atacante do Liverpool, e o inglês John Terry, capitão do Chelsea.
Faltando poucos meses para o início dos Jogos Olímpicos de Londres, vários episódios de discriminação racial agitaram o esporte britânico e sensibilizaram a classe política do país.
As ações empreendidas contra Terry e Suárez por suas atitudes racistas mostraram a dureza com a qual serão punidos este tipo de comportamento.
O zagueiro do Chelsea, que foi acusado pela Promotoria de insultar Anton Ferdinand, do Queens Park Rangers, deverá se defender das acusações de ‘alteração da ordem pública com agravante racial’.
Por sua parte, Suárez, foi suspenso por oito jogos pela Federação de Futebol Inglesa (FA) por insultos racistas contra o franco-senegalês do Manchester United, Patrice Evra.
Após a punição, os jogadores do Liverpool apareceram na partida seguinte vestindo camisas de apoio a Suárez, fato que fez a imprensa acusar o clube de encobrir comportamentos racistas.
Há uma semana, a equipe se viu envolvida em outro caso de discriminação racial. Em partida pela Copa da Inglaterra, torcedores do Liverpool insultaram com comentários racistas o zagueiro Tom Adeyemi, do Oldham, que chegou a chorar em campo. EFE