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Brasil quer semear em Londres-2012 para colher frutos em no Rio-2016

Por Por Louis Génot
9 jul 2012, 15h01

O Brasil espera conquistar pelo menos 15 medalhas na Olimpíada de Londres-2012 para melhorar a marca alcançada em Pequim-2008 e aposta no bom desempenho de atletas jovens para brilhar em casa nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.

Em Pequim, o país ficou com três ouros, quatro pratas e oito bronzes, mas o Comitê Olímpico Brasileiro revelou em março que esperava o dobro de pódios em 2016.

“A vitória de 2009, quando o Rio foi escolhido para sediar os Jogos de 2016, foi um marco, e agora vamos ter tempo para atingir uma meta mais forte para a próxima edição, realizada no nosso país”, declarou o superintendente de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire.

Como nas edições anteriores, os esportes nos quais o Brasil tem mais chances de brilhar em Londres são a natação, a vela, o judô e o vôlei.

Em esportes individuais, a maior estrela é sem dúvidas o nadador César Cielo, que espera conquistar o bicampeonato nos 50 m nado livre e subir no pódio nos 100 metros, distância na qual foi campeão mundial em 2009 e obteve o bronze em Pequim-2008.

“Se tudo der certo, acho que é possível conquistar os dois ouros, mas o mais importante é voltar a vencer nos 50m. Vamos ver o que vai dar nos 100m, mas a concorrência está mais forte nesta prova”, declarou.

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‘Cezão’ cravou a melhor marca do ano nos 50m no troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro, ao nadar em 21.38.

A prova mais rápida da natação pode ter dois brasileiros no pódio, já que Bruno Fratus obteve o segundo melhor tempo da temporada em 21.70, quatro centésimos a menos que o jovem prodígio australiano James Magnussen.

Felipe França, campeão mundial dos 50 metros peito em Xangai-2011, também tem boas chances de brilhar em Londres.

Esporte que rendeu o maior número de medalhas ao Brasil (16), a vela deve voltar a dar alegrias.

Lenda viva do esporte, Robert Scheidt pode se tornar o primeiro atleta brasileiro conquistar três títulos olímpicos, após ter levado o ouro na classe Laser em Atlanta-1996 e Atenas-2004.

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Hoje competindo com Bruno Prada na classe Star, na qual ficou com a prata em Pequim-2008, Scheidt sagrou-se campeão mundial no início do mês de maio, em Hyères, na França.

Já o judô brasileiro conseguiu classificar pela primeira vez da sua história atletas em cada uma das sete categorias de peso, tanto no masculino quanto no femino.

Leandro Guilheiro, de 28 anos número um do ranking na categoria até 81kg, e Mayra Aguiar, de 20, que lidera a categoria até 78kg, são fortes candidatos ao ouro.

Sarah Menezes (48kg), Erika Miranda (52kg) e Rafaela Silva (57kg) também têm chances de subir no pódio, o que mostra o crescimento do judô feminino, que conquistou sua primeira medalha apenas em Pequim-2008, com o bronze de Ketleyn Quadros.

“Antes, ninguém acreditava na gente, mas hoje, com o grande momento que está atravessando, o judô feminino é a menina dos olhos”, disse à AFP Rosicléia Campos, eleita melhor treinadora do país pelo COB em 2011.

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As mulheres também são a principal esperança do país no atletismo.

Além de Maurren Maggi, que aos 35 anos espera conquistar o bicampeonato olímpico no salto em distância, Fabiana Murer, campeã mundial indoor do salto com vara em Doha 2010 e ao ar livre em Daegu-2011, também chega em Londres com grandes possibilidades de subir no pódio.

“Vejo que pelo fato de ser campeã mundial existe uma cobrança maior, mas vão ter seis, sete atletas na briga. Vou precisar saltar perto da minha melhor marca (4,85m) para conseguir uma medalha”, afirmou Fabiana, que terá como principal adversária a russa Yelena Isinbayeva, bicampeã olímpica em Atenas-2004 e Pequim-2008.

No masculino, o jovem Mauro Vinícius da Silva, o ‘Duda’, de 25 anos, surpreendeu a todos ao conquistar o ouro no salto em distância Mundial indoor de Istambul, no último mês de março, e espera confirmar este grande resultado em Londres.

O maratonista Marílson Gomes dos Santos, bicampeão da mítica prova de Nova York, também pode ser uma boa surpresa.

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Nos esportes coletivos, o vôlei deve ser o carro-chefe da delegação brasileira, tanto na quadra quanto na areia.

Vice-campeã olímpica em Pequim-2008, a seleção masculina, comandada pelo técnico Bernardinho, espera brilhar nestes Jogos, que podem ser os últimos de craques como Giba, de 35 anos, ou Murilo, de 30, que conquistaram o ouro em Atenas-2004.

Já a seleção feminina também é favorita por ser atual campeã olímpica. O técnico Zé Roberto revelou à AFP que já estava pensando além de Londres-2012.

“A mescla das mais novas com as mais experientes sempre deu certo no nosso grupo. Estou feliz de poder trabalhar com atletas mais jovens porque já estamos pensando na preparação delas para os Jogos do Rio de Janeiro em 2016”, explicou.

No vôlei de praia, as duplas Alison e Emanuel no masculino e Juliana e Larissa no feminino, que venceram o circuito mundial no ano passado, estão de olho no ouro.

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Esporte que faz a fama do Brasil no mundo afora, o futebol, pentacampeão da Copa do Mundo, ainda corre atrás do título olímpico, o único que ainda não conquistou.

A seleção comandada pelo técnico Mano Menezes conta com uma geração de jovens talentosos como o craque Neymar, do Santos, além de Lucas, do São Paulo, ou Leandro Damião, do Internacional.

No feminino, Marta, eleita cinco vezes melhor jogadora do mundo, espera conquistar o ouro após ter ficado com a prata em Pequim-2008.

O COB também prevê levar 16 jovens que não se classificaram para os Jogos de Londres, mas vão conhecer a Vila Olímpica para ‘quebrar o gelo’ antes de possívelmente representar o Brasil em casa, no Rio de Janeiro, em 2016.

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