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Braço direito de Telê, Valdir de Moraes compara Rossi a Romarinho

Por Da Redação
4 jul 2012, 08h03

O dia 5 de julho de 1982 trouxe para o torcedor brasileiro uma das surpresas mais ingratas de toda a história. A Seleção, que havia apresentado as melhores atuações da Copa do Mundo da Espanha, sucumbia diante da estrela de um ídolo decadente no futebol italiano. Os três gols marcados por Paolo Rossi calaram o Estádio do Sarriá, em Barcelona, e criaram em torno do ex-jogador um mito que vem se instaurando atualmente sobre as participações decisivas de uma jovem promessa do Corinthians: o atacante Romarinho.

A ousada comparação entre os atletas de gerações distintas não surgiu por acaso. Companheiro de Telê Santana e preparador de goleiros da histórica Seleção Brasileira, Valdir Joaquim de Moraes acompanhou a derrota por 3 a 2 para a Itália das arquibancadas do Sarriá e não escondeu a sua perplexidade diante da atuação de Rossi.

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Segundo o ex-goleiro de Palmeiras, Cruzeiro e Internacional, os três gols que ‘Il Bambino d’Oro ‘marcou na Seleção Brasileira foram um misto de competência e fatalidade. Com a experiência de ter participado da preparação de uma das melhores equipes montadas no País, Valdir de Moraes foi além e viu em Romarinho a mesma eficiência demonstrada pelo jogador que fez o Brasil chorar naquela tarde de segunda-feira.

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‘Aquela Seleção sabia o potencial que tinha e foi por isso que ficamos surpresos com o resultado. Nós jogamos bem contra a Itália e perdemos porque pegamos um jogador em uma tarde inspirada. O Rossi não era nem para estar lá e foi o herói da Copa. Esse é o mesmo caso desse menino novo, o Romarinho, que foi abençoado por Deus e teve competência para marcar dois gols contra o Palmeiras e outro no Boca Juniors. São fatalidades que sempre estarão presentes em algum momento do futebol’, avaliou o ex-goleiro, em entrevista concedida à Gazeta Esportiva.Net.Envolvido em um polêmico esquema de manipulação de resultados, o italiano ficou dois anos afastado dos gramados por ordem da Federação de seu país e voltou a ser convocado apenas um mês antes da disputa do Mundial. Sua aparição como titular na ‘Azzurra ‘irritou a imprensa e motivou inúmeras críticas da torcida ao trabalho desempenhado pelo técnico Enzo Bearzot. Rossi ainda teve atuações muito aquém do esperado na primeira fase do torneio e foi mantido na equipe graças à insistência de um treinador que tentava provar o valor de suas escolhas diante da desconfiança de toda uma nação.

Romarinho, por sua vez, é uma estrela em ascensão. Destaque do Bragantino no Campeonato Paulista, o atacante, de apenas 21 anos, foi contratado para compor o elenco corintiano no Brasileiro e atingiu status de ídolo em suas primeiras partidas pelo clube. Com a Libertadores sendo prioridade, o jogador foi escalado para liderar o ataque da equipe reserva que enfrentou o Palmeiras no dia 24 de junho, e decretou a virada por 2 a 1 sobre o seu arquirrival com dois belos gols no Pacaembu.

A atuação chamou a atenção do técnico Tite e garantiu sua participação no banco de reservas do time que enfrentou o Boca Juniors no primeiro jogo da final da Copa Libertadores, em La Bombonera. Substituto de Danilo nos minutos finais da partida, o atleta foi acionado por Emerson aos 40 do segundo tempo e teve personalidade para dar uma cavadinha sobre o goleiro Orión e empatar a partida em 1 a 1.

Relacionado novamente para o duelo contra os argentinos, o atleta poderá aparecer ao longo do jogo como uma das novidades da equipe que tentará o título inédito nesta quarta-feira, no Pacaembu. Caso o futebol tenha reservado para Romarinho o mesmo destino que Paolo Rossi teve há 30 anos, o torcedor corintiano poderá finalmente se livrar do incômodo jejum de títulos internacionais e desentalar o grito de campeão da América pela primeira vez.

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