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Bolt poder correr 100 m em 9,45 segundos – e sem esforço

Estudo mostra que recordista pode reduzir a marca sem nem sequer melhorar

Por Da Redação
4 abr 2012, 13h19

“Ainda estamos muito distantes de entender os limites de Bolt”, disse autor de pesquisa sobre o atleta

A 144 dias da abertura da Olimpíada de Londres, especialistas do mundo todo se perguntam se Usain Bolt será capaz de quebrar mais uma vez o recorde mundial dos 100 metros rasos, a prova mais esperada dos Jogos. O jamaicano não tem participado de tantas provas nos últimos anos – e, portanto, seu desempenho é considerado uma incógnita. De acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira, Bolt poderia baixar sua marca atual – 9,58 segundos, resultado obtido no Mundial de Berlim – mesmo que não tenha melhorado em nada desde que assombrou o mundo nos Jogos de Pequim, quatro anos atrás. Calcula-se que, apenas com uma conjunção de fatores favoráveis, Bolt já conseguisse reduzir sua marca para 9,45 segundos, ou 0,13 segundo a menos que o recorde atual.

A pesquisa foi exibida na publicação especializada Significance, da Real Sociedade de Estatística da Grã-Bretanha e da Associação Americana de Estatística. De acordo com seu autor, John Barrow, da Universidade de Cambridge, Bolt – apontado como o melhor velocista de todos os tempos – nem precisaria correr mais rápido para quebrar novos recordes. Sua reação ao tiro de largada, por exemplo, costuma ser ruim. Num bom dia, em que ele consiga seu melhor início de prova, seria possível largar em 0,10 segundo, 0,05 a menos que na sua melhor prova, em Berlim. Seu recorde nos 100 metros já cairia para 9,53 segundos. Outra forma de Bolt melhorar o tempo sem esforço seria correr na mesma direção do vento, dentro dos parâmetros máximos permitidos pelo regulamento internacional do atletismo.

Em Berlim, Bolt já foi “empurrado” por um vento de 0,9 metros por segundo. Se esse vento fosse de 2 metros por segundo, por exemplo, ele reduziria seu tempo em mais 0,05 segundo, para 9,48 segundos. Por fim, se corresse na altitude – como na Cidade do México, palco dos Jogos de 1968, a 2.240 metros – enfrentaria menor resistência do ar, baixando seu tempo em mais 0,03 segundo, para a espetacular marca de 9,45 segundos. Nesse último caso, porém, o recorde não seria oficial – as regras do atletismo limitam a quebra de marcas mundiais a competições disputadas abaixo dos 1.000 metros de altitude. “Ainda estamos distantes de entender os limites de Bolt e de outros velocistas como ele”, disse o autor da pesquisa, que destacou a importância da matemática para compreender e melhorar o desempenho dos atletas de ponta.

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