Em baixa no Circuito da ATP, Thomaz Bellucci será o principal jogador da equipe brasileira no embate com a Rússia, pelos playoffs do Grupo Mundial da Copa Davis. Na manhã desta quinta-feira, data do embarque para o confronto, o tenista minimizou a fase ruim que atravessa e o capitão João Zwetsch manifestou preocupação com a adaptação ao país sede.
‘Não me abala nenhum pouco. Esses resultados que não foram bons são normais na carreira de qualquer atleta, sempre tem altos e baixos. O importante é melhorar a cada dia e eu estou sempre tentando evoluir tanto na parte técnica quanto na mental’, afirmou Bellucci.
De seus últimos oito jogos, todos no piso rápido, o mesmo que será usado no duelo diante dos russos, Bellucci ganhou apenas três. Em 2011, o melhor resultado na quadra dura foram as quarta nos ATP 250 de Auckland e Los Angeles. Ele vem de derrotas na primeira rodada no Masters 1000 de Cincinnati e no Aberto dos Estados Unidos.
‘Esses últimos jogos acabaram escapando um pouco. Eu estava ganhando alguns e acabei levando a virada. Acho que isso é um pouco de ansiedade em pontos importantes e tem atrapalhado um pouco’, disse Bellucci, sem perder o otimismo. ‘Contamos com um time competitivo em qualquer tipo de quadra e temos condições de voltar ao Grupo Mundial’, disse.
O time russo será formado por Mikhail Youzhny (15do mundo em simples), Dmitry Tursunov (43 ), Igor Kunitsyn (62 ) e Igor Andreev (78 ). O Brasil, por sua vez, joga com Thomaz Bellucci (35 ), Ricardo Mello (113 ), Bruno Soares (22em duplas) e Marcelo Melo (31em duplas).
Para Bellucci, o clima entre o time nacional pode contribuir no aspecto mental e fazer a diferença. ‘Vai estar a equipe toda fora da quadra me dando ânimo e isso é essencial’, disse o jovem quando questionado sobre a parte emocional. ‘Nosso ranking é inferior, mas vamos com uma união muito grande e isso pode trazer resultados surpreendentes’, completou.
No ano passado, o Brasil perdeu nos playoffs pelo quinto ano seguido ao cair diante da Índia, em Chennai. Depois de sofrer com o forte calor e a intensa umidade em 2010, o capitão João Zwetsch se preocupa com a adaptação a Kazan, sede do duelo entre os dias 16 e 18 de setembro.
‘A dificuldade maior é sempre a adaptação, teremos sete horas de diferença no fuso horário e os primeiros dias serão difíceis. Por isso, estamos viajando com antecedência’, disse Zwetsch, apostando no Brasil. ‘A Rússia é muito forte e poderia até lutar pelo título, mas hoje nossa equipe está num patamar em que pode enfrentar qualquer adversário’, afirmou.
Os retornos de Marcelo Melo e Ricardo Mello nos lugares de João Souza (Feijão) e Rogério Dutra da Silva são as mudanças promovidas por Zwetsch em relação ao confronto anterior diante do Uruguai. Experiente, o jogador de simples vem embalado pelo recente confronto com o francês Gilles Simon, 12do mundo, no Aberto dos Estados Unidos.
‘Estou bastante contente por voltar à Copa Davis. A Rússia leva vantagem de jogar em casa, mas temos um time capaz de chegar lá e surpreender. Estou bastante motivado e venho de um bom jogo, que mostra que posso jogar de igual para igual com o Youzhny’, declarou.
Parceiro de Bruno Soares, Marcelo Melo aposta que Youzhny será escalado para formar a parceria russa. ‘Nossa dupla vem jogando muito bem. Nos Estados Unidos, vi vários treinos do Youzhny e acho que ele deve jogar. Temos que estar preparados para receber as bombas e jogar outras para eles’, afirmou.