Andrés afirma que Tite pede muito e a renovação emperra
"Não vou pagar R$ 800 mil, é uma ofensa ao país", disse presidente do clube
As negociações para a renovação do contrato do técnico Tite com o Corinthians não estão tão fáceis quanto parecia após a conquista do título do Campeonato Brasileiro pelo clube paulista. Segundo o presidente do Timão, Andrés Sanchez, o empresário pediu um aumento grande no salário do treinador, o que emperrou as negociações.
“Estava indo tudo bem, mas hoje complicou. O empresário acha que ele está no Catar, mas o Corinthians tem um teto”, reclamou o mandatário corintiano nesta segunda-feira, dando até o fim da semana para resolver a questão com o agente do treinador, Gilmar Veloz. O pentacampeonato brasileiro do Corinthians foi o primeiro título de expressão nacional alcançado por Tite fora do Rio Grande do Sul, em que conseguiu a maioria de suas conquistas. Vencer o Nacional era tratado como fundamental pelo próprio treinador para a consolidação de sua carreira fora de seu Estado natal.
A questão salarial também foi empecilho para Tite em 2003, quando o técnico foi pretendido pelo São Paulo, após se destacar no Grêmio e conquistar a Copa do Brasil de 2001 com o Tricolor Gaúcho. O nome do treinador era dado como certo, mas o alto salário exigido por Gilmar Veloz inviabilizou o acordo com o time do Morumbi, que manteve o preparador de goleiros, Roberto Rojas, e o auxiliar-técnico, Milton Cruz, no comando da equipe.
“Não vou pagar R$ 800 mil para treinador, é o fim do mundo, uma ofensa ao país”, disse Andrés, descartando cobrir propostas de alto valor vindas de clubes do exterior. O mandatário corintiano também ressaltou que, apesar das críticas, manteve o treinador no cargo após a eliminação do Corinthians para o Tolima na Libertadores, no início do ano.
(com Agência Gazeta Press)