Sem vencer pela segunda vez seguida no Morumbi no comando do São Paulo, Adilson Batista considera que a história do jogo deste domingo contra o Vasco poderia ter sido diferente em função de um pênalti sobre o atacante Dagoberto. Aliás, o técnico definiu o lance, ocorrido no fim do primeiro tempo, quando o placar era de 0 a 0, como fácil de ser interpretado pelo árbitro Paulo Godoy Bezerra, de Santa Catarina.
‘Esse pênalti foi claro e mudaria a história do jogo’, lastimou o treinador, que preferiu, contudo, medir as palavras para evitar problemas com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). ‘Eu não vou reclamar porque prefiro trabalhar na segunda-feira em vez de ir ao tribunal’, emendou.
Protagonista do lance, o atacante Dagoberto assegura que não pôde seguir na ação em virtude de um toque do zagueiro Anderson Martins. ‘Vocês (jornalistas) são os mais indicados a dizer o que ocorreu. Na hora da jogada, eu falei ao árbitro que tinha sido tocado, mas são situações que acontecem no futebol’, minimizou.
Na visão de Adilson Batista, a possibilidade de sair em vantagem ajudaria o São Paulo na etapa completar. Depois que sofreu o gol do Vasco marcado por Éder Luís, o Tricolor teve uma queda brusca de produção e praticamente não incomodou a zaga adversária.
‘Estávamos bem posicionados até o início do segundo tempo. Criamos boas situações, talvez não no número ideal, mas controlávamos a partida. Aí veio aquele contra-ataque e o gol do Vasco’, lamentou.
Para aumentar o poder de fogo do São Paulo, Adilson usou as alterações. Durante o segundo tempo, colocou o meia ofensivo Marlos no lugar do lateral Piris e o veloz atacante Fernandinho na vaga de Rivaldo, que já estava desgastado.
‘Você sempre tenta reverter de alguma forma, deixa o time mais ofensivo. Depois, sofremos o segundo gol, mas já era o final de jogo. Lamentamos pelo resultado, queríamos encostar no líder, mas vamos buscar a recuperação’, projetou o comandante são-paulino.