No mesmo dia em que viu Gustavo Kuerten ser oficializado no Hall da Fama do tênis, o Brasil teve outro representante recebendo a mesma honraria, mas no atletismo. Falecido há 11 anos, o triplista Adhemar Ferreira da Silva consta na lista dos 12 primeiros atletas indicados.
Além do brasileiro, Carl Lewis e Jesse Owens, Fanny Blankers-Koen, Abebe Bikila, Paavo Nurmi, Emil Zatopek, Al Oerter, Ed Moses, Betty Cuthbert, Jackie Joyner-Kersee e Wang Junxia integram a seleta galeria, criada nesta quinta-feira como parte das celebrações do centenário da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF).
A entidade esclareceu que para receber a honraria o atleta precisa ter ao menos duas medalhas de ouro em Jogos Olímpicos ou Mundiais de Atletismo, além de ter quebrado no mínimo um recorde mundial. O esportista ainda precisa estar aposentado das pistas há pelo menos dez anos.
Nascido em 1927, em São Paulo, Adhemar é até hoje único representante do País a conseguir dois ouros consecutivos nas Olimpíadas (Helsinque-52 e Melbourne-56). O saltador ainda foi o primeiro homem no mundo a ultrapassar os 16 metros no salto triplo, até então considerado o limite do ser humano. Em Pan-americanos, também no salto triplo, ele subiu ao lugar mais alto do pódio em três ocasiões.
No âmbito pessoal, Adhemar Ferreira da Silva também foi diferenciado. Formado em quatro profissões (belas-artes, educação física, direito e relações públicas), além de jornalista profissional, ele era capaz de se expressar em sete idiomas estrangeiros: inglês, espanhol, italiano, francês, alemão, finlandês e japonês.