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Violência gângster de ‘Os Infratores’ abala e desperta interesse em Cannes

Por Da Redação
19 Maio 2012, 12h03

Alicia García de Francisco.

Cannes (França), 19 mai (EFE).- O diretor australiano John Hillcoat ganhou neste sábado o interesse do público do Festival de Cannes com a exibição do filme ‘Os Infratores’, história violenta sobre a época da Lei Seca na Virgínia na qual se destaca a esplêndida atuação de Guy Pearce no elenco liderado por Tom Hardy e Shia LaBeouf.

Baseada em fatos reais e com um roteiro assinado pelo músico Nick Cave, ‘Os Infratores’ é um longa-metragem que encontra paralelismo claro com o momento atual, explicou Hillcoat em entrevista coletiva ao apresentar sua obra, que concorre na mostra oficial desta 65ª edição do Festival de Cannes.

Ele compara a proibição do álcool vigente nos Estados Unidos entre 1920 e 1933 com a existente hoje em dia com as drogas. ‘Estamos em uma época de insegurança e instabilidade’, declarou o diretor, falando sobre crise econômica e política. Isso, segundo ele, causa ‘certa fascinação’ entre os cineastas.

‘Os Infratores’, reconhece Hillcoat, é influenciado pelo clássico ‘Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas’ (1967). Com grande interesse pela época e ambiente dos Estados Unidos, a obra mescla máfia com um pouco de faroeste e conta com a aparição estelar de Gary Oldman com uma metralhadora ao mais puro estilo Al Capone.

Irregular em seu desenvolvimento e com alguns elementos narrativos que interrompem sua fluência, o filme surgiu da leitura do livro de Matt Bondurant sobre a vida de seu avô e de seus tios-avós. Todo o material estava nesse livro, ‘incrível’, nas palavras do roteirista Nick Cave, para quem ‘foi um sonho escrever esse roteiro’.

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Cave, que protagonizou grande parte da entrevista coletiva com suas brincadeiras e comentários ante os risos de seus colegas – especialmente de Tom Hardy e Jessica Chastain -, enfatizou que não gosta de violência, mas sim quando é Hillcoat quem a retrata.

‘O livro une sentimentalismo com uma violência muito crua’, admite. Para ele, o enredo consegue ao mesmo tempo abordar uma história muito clássica – as preferidas de Cave, cujo trabalho em ‘Os Infratores’ foi seu terceiro roteiro cinematográfico após ‘Ghost… Of The Civil Dead’ (1988) e ‘A Proposta’ (2005), ambas com Hillcoat.

E, para Cave, o diretor trata a violência do novo filme de uma forma muito particular. ‘Estabelece uma relação com a violência brutal e rápida, algo apaixonante e refrescante’.

A crueldade se mostra como um dos elementos protagonistas em ‘Os Infratores’. O banho de sangue envolve o espectador dentro da história de três irmãos que vivem à margem da lei, traficando com álcool, o que os leva a enfrentar o agente encarregado de acabar com essas práticas, Guy Pearce.

A mera aparência física de Pearce – sem supercílios, cabelo penteado ao meio, permanentemente com luvas de couro e um meio sorriso aterrorizante – já dá a entender do que é capaz um personagem que vai se mostrando central na história.

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‘Tinha de estar à altura com esse corte de cabelo’, brincou o ator australiano, que destacou o ar tenso do personagem, ‘vaidoso e com uma visão obscura do mundo’.

E junto a Pearce e aos três irmãos, há uma série de personagens que completam a personalidade de Hillcoat.

Jessica Chastain interpreta uma mulher ‘que vem de uma situação muito difícil e que encontra seu lugar com estes três irmãos’, segundo a atriz explicou na entrevista coletiva, enquanto Mia Wasikowska encarna uma jovem religiosa que se apaixona por LaBeouf e ‘luta contra a sociedade’ e o sistema, o que ela própria afirmou ter gostado muito.

Mia compartilha quase todas suas cenas com LaBeouf, que classificou seu personagem como ‘vulnerável’. De poucas palavras na entrevista, o ator descreveu-o como um jovem que não gosta de violência, o que contrasta com uma história ‘muito suja’ e ‘bastante crua’. EFE

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