Tony Scott: versões sobre câncer são conflitantes
Diretor morto após pular de ponte lutava contra tumor inoperável no cérebro, afirmou a rede ABC, mas família do cineasta contesta: 'É absolutamente falso'
A informação de que o cineasta Tony Scott, encontrado morto neste domingo após pular de uma ponte nos EUA, lutava contra um câncer no cérebro que não podia ser retirado foi contestada pela família do diretor, afirmou o chefe dos médicos legistas responsáveis pela autópsia em seu corpo. “A família nos disse que é incorreto que ele tinha um câncer cebrebral inoperável”, declarou o médico Craig Harvey ao jornal Los Angeles Times.
O suposto tumor de Scott – um provável motivo de seu suicídio – foi revelado nesta segunda-feira pela emissora americana ABC. Segundo o site TMZ, especializado na cobertura de celebridades, a viúva do diretor, a atriz Donna Scott, também negou a existência da doença ou de qualquer outro problema de saúde grave aos investigadores. “É absolutamente falso”, ela teria dito.
O corpo do diretor de filmes como Top Gun – Ases Indomáveis e Maré Vermelha foi encontrado nas águas dos canais da zona portuária de Los Angeles, na Califórnia, por volta das 16h30 deste domingo (21h30 em Brasília). Ele foi submetido a uma autópsia nesta segunda-feira, mas os resultados do exame não foram divulgados.
Nascido na Grã-Bretanha em 1944, Tony Scott era o irmão mais novo do também cineasta Ridley Scott. Ele se jogou no domingo nas águas do Oceano Pacífico de uma ponte sobre o porto de Los Angeles, localizado no município de San Pedro, no subúrbio sul da metrópole. Seu corpo foi encontrado por mergulhadores à tarde. Uma mensagem que indicava suas intenções suicidas foi encontrada em seu escritório, mas o conteúdo da carta permanece sob sigilo.
Especialista em filmes de ação, entre eles Top Gun – Ases Indomáveis (1986), Scott ajudou a lançar a carreira de Tom Cruise em Hollywood e desenvolveu uma sólida parceria com Denzel Washington. Entre seus filmes mais conhecidos estavam Fome de Viver (1983), Um Tira da Pesada 2 (1987), Dias de Trovão (1990), Maré Vermelha (1995) e O Sequestro do Metrô 123 (2009). Seu último filme foi Incontrolável (2010), também sua última colaboração com Denzel Washington, que ainda trabalhou com o diretor em Déjà Vu (2006) e Chamas da Vingança (2004).
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(Com agência France-Presse)