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Queda de quase 70% nas buscas por lives sinaliza cansaço com a fórmula

Onipresentes desde o início da pandemia, os shows ao vivo pela internet estão perdendo força e audiência, mostra o Google

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jul 2020, 15h51 - Publicado em 27 jul 2020, 12h01

O fenômeno das lives, que tomou conta da internet brasileira e mundial no período da pandemia, está perdendo força. É o que mostram os dados da plataforma Google Trends, que monitora as palavras-chave mais buscadas na internet (veja o gráfico abaixo).

Desde o início das medidas de distanciamento social, em março, os picos de buscas no Google pela palavra “lives” ocorreram nos dias 19 e 25 de abril e 2 de maio. As datas não coincidem com as maiores lives do YouTube, de Marília Mendonça, com 3,31 milhões de espectadores simultâneos em 8 de abril, e a de Jorge & Mateus, com 3,24 milhões, em 4 de abril. Mas elas demonstram que logo após os recordes de audiência, o interesse do público pelos shows ao vivo explodiu, bem como a quantidade de transmissões, diluindo a audiência em diversos canais.

A partir de maio já é possível notar uma queda de 20% nas buscas pela palavra-chave. Em 12 de junho, Dia dos Namorados, houve um leve aumento nas buscas e, daí em diante, a queda só se acentuou. No gráfico, é possível perceber também que os picos de buscas ocorrem sempre nos finais de semana. Nas segundas, terças e quartas-feiras o interesse é pífio, voltando a crescer a partir de quinta-feira. Na última sexta-feira, 18, as buscas no Google pela palavra “lives” foram 67% menores do que em abril.

A falta de interesse do público se refletiu também na oferta de atrações. No auge, os artistas lotavam o horário nobre com suas apresentações em busca da audiência. Hoje, está cada vez mais raro encontrar uma transmissão realmente boa. Alguns artistas não chegaram a fazer nenhuma apresentação, como foi o caso de Caetano Veloso (exceto uma raríssima participação especial na live da cantora Teresa Cristina). No lado oposto, dos que usaram e abusaram das lives, está um artista como Gusttavo Lima. Ele fez cinco apresentações caseiras e, segundo o colunista de VEJA, João Batista Jr., embolsou entre 1,5 a 2 milhões por apresentação. Desde o impressionante recorde de Marília Mendonça, nenhum outro artista conseguiu chegar perto da sua audiência. A exceção foi o futebol que na final da Taça Rio, em 8 de julho, atraiu uma audiência de 3,5 milhões de espectadores simultâneos no canal do FluTV, já que a partida não foi transmitida na TV aberta.

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Buscas pela palavra “lives” entre janeiro e julho:

 

A diminuição das lives reflete o lento processo de retorno às atividades, após mais de 100 dias de confinamento. Mas a queda de interesse parece ligada também a outro detalhe. Enquanto as lives, de início, surgiram como uma forma de mobilização que unia e galvanizava as pessoas num momento de exceção e de dúvidas, com o passar do tempo elas foram se tornando um item frugal mesmo para quem permanece em casa. Por enquanto, assistir às apresentações ao vivo só está sendo possível nos drive-ins. Mas, no caso dos shows pela internet, talvez esteja ocorrendo o que sempre se dá com a supersaturação dos modismos: ninguém aguenta mais.

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