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Polanski sobre acusação de estupro: ‘Querem me transformar num monstro’

Cineasta se defendeu de nova acusação e disse que Harvey Weinstein o difamou, espalhando no meio cinematográfico que ele era 'estuprador de criancinhas'

Por Redação
Atualizado em 12 dez 2019, 11h46 - Publicado em 12 dez 2019, 11h22

O cineasta polonês Roman Polanski se pronunciou pela primeira vez sobre a nova acusação de estupro, feita pela francesa Valentine Monnier – Polanski já foi acusado de assédio e abuso sexual por outras mulheres: nos Estados Unidos, ele está sendo processado por manter relações sexuais ilegais em 1977 com Samantha Geimer, que na época era menor de idade.

Em entrevista à revista Paris Match, na qual aparece na capa, o diretor de 86 anos “nega absolutamente”, como já tinha feito há um mês através de seu advogado, as acusações de Valentine. “Querem me transformar em um monstro”, diz Polanski, que ainda apontou o produtor Harvey Weinstein como responsável por difamá-lo, ainda em 2003.

Fotógrafa francesa, Valentina afirma ter sido agredida e estuprada por Polanski em 1975, na Suíça, quando tinha 18 anos. Ao declarar que se lembra dela “vagamente”, o diretor de cinema acrescenta que “evidentemente não guarda na memória o que ela conta, pois é falso”.

Em um depoimento publicado no início de novembro pelo jornal francês Le Parisien, dias antes do lançamento do mais recente filme de Polanski, J’accuse (Eu acuso, em tradução literal), Valentine disse que hospedou-se na casa do cineasta junto com outra amiga, quando foi esquiar em Gstaad (Suíça). Segundo ela, Polanski a “agrediu” e em seguida “a estuprou, fazendo-a sofrer todos os tipos de mazelas”.

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“Isso é uma loucura! (…) Toma como testemunhas três amigos meus presentes no chalé: meu assistente Hércules Bellville, Gérard Brach e sua esposa, Elizabeth. Os dois primeiros morreram – muito conveniente, pois já não podem confirmar ou refutar o que ela disse. Em relação à senhora Brach, o jornal não a encontrou”, prossegue o cineasta.

Valentine disse não ter feito uma denúncia porque o crime estava prescrito. Mas que havia decidido contar publicamente a história devido à estreia do novo filme, que faz referência a um erro judicial.

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Na conversa com a Paris Match, Polanski ainda culpa o produtor Harvey Weinstein, denunciado por abuso sexual por mais de oitenta mulheres e catalizador do movimento #MeToo. O cineasta diz que Weinstein “desenterrou” seu caso com Samantha Geimer, que “não interessava a ninguém”, durante a campanha do Oscar de 2003, na qual seu filme O Pianista era um dos favoritos, e conquistou três estatuetas.

“Seu assessor de imprensa foi o primeiro a me chamar de ‘estuprador de crianças'”, declara o cineasta na entrevista, acrescentando que “há anos tentam fazer de mim um monstro”.

(Com agência France-Presse)

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