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‘Para envelhecer bem, é preciso fazer o que gosta’, diz Bruna Lombardi

Atriz está em cartaz nos cinemas com o musical ‘Amor em Sampa’, em que vive uma personagem sensual e poderosa

Por Rafael Aloi
26 fev 2016, 08h45

Aos 63 anos, Bruna Lombardi mantém a pose de mulher poderosa e sensual que a estabeleceu no imaginário coletivo. Contra a corrente, ela desafia a cultura das “novinhas” no musical brasileiro Amor em Sampa, que chegou aos cinemas nesta quinta-feira. A atriz vive a personagem Aniz, uma empresária forte e segura de si, que protagoniza várias cenas quentes ao lado de Eduardo Moscovis. Além de atuar, Bruna também assina o roteiro do filme dirigido por seu marido Carlos Alberto Ricelli, e seu filho, Kim Ricelli.

Em entrevista ao site de VEJA, Bruna conta que queria criar uma história leve e com a qual “o público pudesse conversar e se identificar”. A atriz ainda falou que apesar de viver uma personagem sensual, não pensou exatamente em ser sexy, mas buscou apenas ser ela mesma. “A verdade de cada um aflora. Você tem que gostar de viver. Para envelhecer bem, é preciso fazer aquilo que você gosta”, declarou.

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A nova empreitada da família presta uma homenagem à cidade de São Paulo, com cinco histórias de amor entrelaçadas, e personagens que buscam a concretização de sonhos individuais e de transformação da caótica capital paulista. No elenco estão nomes como Rodrigo Lombardi, Mariana Lima, Miá Mello, Bianca Muller, Marcelo Airoldi e Tiago Abaravanel.

Amor em Sampa ganha pontos por tentar inovar ao trazer o estilo musical para o cinema brasileiro, um gênero raro nas produções nacionais. A intenção é boa, mas o longa sofre com a execução. As letras e melodias das canções deixam a desejar — e até a dublagem dos atores é mal editada, com a voz dos personagens não coincidindo com o movimento das bocas.

O problema está justamente na falta de profissionais especializados em música, já que os próprios produtores do filme se lançaram na tarefa de escrever as canções. “A gente não tinha nenhuma grana para as músicas”, disse Bruna. “Decidi eu mesmo criar cada canção de cada personagem”, declarou Carlos Alberto Ricelli. Ainda assim, a família disse ter ficado satisfeita com o resultado final.

Confira abaixo a conversa com Bruna:

Como é esse trabalho em família, em que você escreve o roteiro, seu filho e marido dirigem, e todos atuam? A gente é tudo junto e misturado. Vivemos de uma maneira muito criativa, pois queremos fazer um bom trabalho, que o público se identifique e goste. O tempo inteiro estamos no processo criativo, não saímos dele. Os resultados são bons. Quando você vê um público que dialoga com o filme, em que as pessoas riem e se emocionam, aí eu acho que conseguimos fazer essa troca. Ao mesmo tempo esse amor, essa coisa nossa, passa para o resto do elenco, você vê que todos os atores dizem que se sentem parte da família.

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Vocês moram há algum tempo em Los Angeles, mas o filme é uma homenagem a São Paulo, por quê? Na verdade a gente vive entre lá e cá, eu nunca deixei a minha casa aqui. Eu fui estudar fora, estudar roteiro, pois lá estão os grandes craques da área. Mas eu não abandonei a nossa casa aqui. Ela é a mesma desde sempre. São Paulo é muito forte, pulsa na veia. Ai eu falei ‘vou fazer Amor em Sampa‘, porque eu quero espalhar amor pela cidade, eu quero espalhar humor também, eu podia fazer um humor em sampa. É uma cidade complexa, difícil, mas ao mesmo tempo muito estimulante e vibrante. Um lugar que é feito pelas pessoas. Eu adoro gente e quero conseguir estimular alguém da mesma maneira como eu sou estimulada com São Paulo.

A sua personagem Aniz é a mais sensual do filme. O que faz uma mulher ser sexy sempre, não importando a idade? Eu nunca pensei em como ser sexy, eu penso em ser eu mesma. Embora não seja muito o caso da Aniz, porque ela é dissimulada, apesar de ser muito franca, falar o que pensa e saber o que quer. Mas eu penso que a verdade de cada um aflora. Você tem que gostar de viver. A vida traz um prazer e uma beleza intrínsecos em cada um de nós. Se você gosta das coisas, e gosta das pessoas, você transmite uma energia boa.

E para você, o que é viver e envelhecer bem? Eu acho que para envelhecer bem, é preciso fazer aquilo que você gosta. Não sou uma pessoa de status. Não sou uma pessoa que busca ostentação, não tenho o menor interesse nisso. O que justifica e dá muito significado para a minha vida e meu trabalho é saber que eu estou ajudando um monte de gente. Ajudar a pensar, a ser, estimular, empoderar, encorajar. Eu vejo isso nas minhas redes sociais, especialmente depois do meu livro, Jogo da Felicidade, que acabei de lançar, e que está mexendo profundamente com as pessoas. Se você tiver paciência de entrar na minha página do Facebook, e ler um milhão de mensagens, vai ver as pessoas falando ‘teu livro está me ajudando a viver, saí da depressão por causa dele’. É possível fazer a diferença. Um trabalho pode ser transformador. Vejo uma grande responsabilidade naquilo que eu faço. Dá um sentido na minha vida.

Por que você decidiu fazer um musical, e como foi levar esse projeto adiante no Brasil, já que o gênero não é explorado por aqui? Realmente, não existe musical no Brasil. Como a gente conseguiu é um grande enigma. Mas por que um musical? Porque os personagens começaram a cantar enquanto eu estava escrevendo o roteiro. Depois eu notei que os personagens cantavam aquilo que não se diz. Se você reparar, cada um canta o seu segredo interior. Isso deu uma dimensão gritante no filme. E conseguimos levar adiante porque esse filme já nasceu abençoado. Todos os nossos patrocinadores toparam porque acreditaram na mensagem da história. E o público está reagindo bem.

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