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NX Zero muda a sonoridade para salvar a banda

Banda, que se apresenta neste sábado na Audio Club, em São Paulo, foi expoente da cena emo nacional há quase dez anos e hoje toma novos rumos

Por Daniel Dieb
18 set 2015, 09h19

A banda NX Zero fez a cabeça de vários adolescentes em 2006, quando lançou o álbum que levava o seu nome e as faixas Além de Mim, Razões e Emoções e Pela Última Vez, hits instantâneos graças a letras sobre sentimentos e relacionamentos, cantados entre batidas pesadas importadas do hardcore californiano. À época, estava em voga o emo, que misturava esse hardcore, feito com mais melodia, e o punk, e cujos seguidores ficaram conhecidos pela franja que cobria boa parte do rosto. Três anos depois de seu último álbum, Em Comum, o NX Zero lança Norte, disco que marca uma forte mudança no grupo e que vai ser apresentado ao público neste sábado, na Audio Club, em São Paulo.

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No novo álbum, a banda deixa para trás a linha mais pesada para apostar em canções calmas, com riffs leves de guitarra. As alterações não aconteceram apenas no repertório. A fim de mudar de verdade, o conjunto encerrou a parceria de dez anos com a gravadora Universal e com o produtor Rick Bonadio. Segundo os integrantes, foi uma separação amigável feita a fim de manter a formação de quase quinze anos.

“Conversamos e colocamos os pingos nos ‘is’. O que eu mais quero é que a banda fique junta”, diz o guitarrista Gee Rocha, logo complementado pelo vocalista, Di Ferrero. “A gente estava em uma crise existencial e musical e queria buscar uma alternativa. A banda de rock estava se tornando uma banda de escritório, gravamos dois discos seguidos na mesma rotina”, diz Ferrero. “Quando a gente se juntou, era para tocar e não pensar em nada, e isso ficou de lado pela burocracia que é ter uma banda”, corrobora o baterista, Daniel Weksler.

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Resultado da reaproximação dos cinco integrantes da banda, o novo disco casa as referências de todos eles. “As referências musicais estavam descasadas, mas nesse álbum elas voltaram a combinar, e vão de Otis Reading a Queens of the Stone Age”, fala Weskler.

Por causa dessa miscelânea, a chance de Norte não ter uma identidade e ficar sem rumo foi uma preocupação do grupo, que adotou o conselho dado pelo produtor Rafael Ramos. “Ele falava assim para o Gee: ‘Quando você for fazer o que sempre fez, faça o oposto'”, explica Di Ferrero. A nova sonoridade de NX Zero em Norte talvez não agrade aos antigos fãs, mas a banda tem um objetivo maior do que apenas um disco. “Espero que a gente fique como Os Paralamas do Sucesso são entre eles e na relação da banda com o Brasil”, diz o cantor.

Sobre a importância de Bonadio para a penetração do NX Zero nas rádios, Ferrero reconhece a “visão de mercado” do produtor, mas lembra que a própria época, marcada pelo emo e por uma forte presença do rock nacional, com bandas como CPM 22, Raimundos e Charlie Brown Jr. no dial, favoreceu o grupo. “Agora é a época do sertanejo, uma fase com menos exposição para as bandas de rock”, admite Daniel Weksler. Ainda, assim o NX Zero está de volta. Resta saber se vai encontrar o seu espaço entre os trinados de Luan Santana e Paula Fernandes.

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