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Mick Hucknall, do Simply Red: ‘Sou um criador. Os críticos são o quê?’

O cantor inglês, que desde os anos 80 encanta trintões à frente do grupo pop, demonstra no disco 'Blue Eyed Soul' que também sabe fazer boa música negra

Por Sérgio Martins Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 dez 2019, 10h20 - Publicado em 20 dez 2019, 06h00

No despontar do grupo Simply Red, em meados da década de 80, seu vocalista tinha timbre tão rasgado e marcante que foi confundido com uma mulher negra. “Os executivos da gravadora tomaram um susto quando desembarquei no aeroporto de Nova York”, lembra Mick Hucknall a VEJA. “Sabe como é, vivíamos num período pré-internet.” O cantor inglês, de 59 anos, é ruivíssimo. Mas o tom de pele revela-se mero detalhe: ele sempre fez música negra de primeira, apreciada pelo público acima dos 30.

Embora houvesse lançado trabalhos influenciados pelo jazz e cantado ao lado de orquestras, Hucknall tinha uma lacuna a preencher. No ano passado, durante uma festa, um amigo disse que fazia tempo que ele devia um álbum devotado ao soul. Assim nasceu Blue Eyed Soul, no qual Hucknall e o Simply Red passeiam por diversas vertentes desse gênero seminal da música negra americana. “Sou, no fundo, um soulman”, afirma ele. O disco vai da soul music energética (Complete Love, com vocais gritados) à sonoridade doce (Take a Good Look).

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Hucknall alardeia que ele é o Simply Red. O cantor criou a banda 34 anos atrás, troca os integrantes como quem muda de roupa e impõe sua visão artística. “Não sou ditador”, jura. “Mas procuro sempre pessoas que atendam às minhas expectativas.” Então tá. Por décadas o Simply Red sofreu nas mãos da crítica, que o via como pastiche da música negra. “É a opinião de uma turminha contra milhares que curtem minha música”, provoca. “Em 2020, farei uma turnê por estádios lotados. Sou um criador — e os críticos são o quê?”, dispara.

Mas, afinal, por que um rapaz do norte da Inglaterra se tornou tão fascinado pela soul music? “Os negros americanos passaram por tantas dificuldades e só fizeram coisas bonitas. Para mim, é o suficiente.” Em seu favor, o ruivo brigão pode brandir outro trunfo: ele já ganhou homenagens de peso. A balada Holding Back the Years foi regravada pela dama do blues Etta James. Um selo de qualidade para ninguém botar defeito.

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Publicado em VEJA de 25 de dezembro de 2019, edição nº 2666

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