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James Cameron, diretor de ‘Avatar’, critica a ‘sede pelo 3D’

Por Da Redação
25 mar 2010, 10h27

O diretor de Avatar, James Cameron, acha equivocados os investimentos que a indústria do cinema pretende fazer na conversão de filmes 2D para 3D. Mas apesar da opinião do cineasta, a moda entre os estúdios de Hollywood parece demorar para passar.

Cameron acredita que os estúdios da meca americana do cinema estão se apressando no intuito de sanar o “apetite” do público por filmes 3D. Para ele, a conversão pode resultar em filmes de qualidade contestável, o que, ao invés de atrair, pode afastar a audiência.

A razão de todo frenesi, evidentemente, está ligada ao sucesso de Avatar, que alcançou o posto de fita mais rentável de todos os tempos, faturando mais de 27 bilhões de dólares em bilheteria.

E Cameron não é o único diretor a questionar os estúdios sobre a “sede pelo 3D”. Michael Bay, diretor de Transformers, compartilha da mesma opinião a acha tal movimento arriscado e precipitado.

“O problema é que essas decisões poderiam ser tomadas pelos diretores. Elas não poderiam ser tomadas pelos estúdios, que aceitam sacrificar a qualidade em troca de baixos custos”, disse Cameron em um evento de lançamento do DVD Avatar, que chega às lojas dos EUA no dia 22 de abril.

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A Walt Disney apostou na tendência e deu de cara com resultados surpreendentes. Alice no País das Maravilhas, que também ganhou versão 3D, faturou 350 milhões de dólares desde 5 de março, quando foi lançado. Já a Warner Bros, parte da divisão Time Warner, não vê a hora de faturar alguns milhões com a versão 3D de Fúria de Titãs, que chega aos cinemas americanos no dia 2 de abril.

Mania 3D – A Warner Bros planeja agora lançar a maior produção 3D de todos os tempos, disse Alan Horn, chefe de operações do estúdio, durante o evento ShoWest, que aconteceu na semana passada em Las Vegas. “A conversão não diminui a experiência dos espectadores”, afirmou Horn.

Algumas estimativas dão conta de que a conversão de um filme 2D para 3D custa, aproximadamente, 5 milhões de dólares, enquanto a produção de um longa tridimensional pode chegar até 237 milhões, valor investido em Avatar.

“Os diretores poderiam ter batido na porta dos estúdios dizendo que queriam fazer filmes 3D”, argumenta Cameron acerca do orçamento milionário de Avatar.

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Michael Bay também participou do debate dizendo que não é a favor da conversão de filmes 2D em versões 3D.

Os puristas não vêem com bons olhos as conversões de qualidade inferior, já que podem produzir mais de um olhar em suas camadas e menos percepção de profundidade e de continuidade.

Cameron, no entanto, defende os planos de converter em 3D seu blockbuster Titanic, lançado originalmente em 2007. Com lançamento previsto para 2012, o diretor e o estúdio terão tempo suficiente para produzir um filme que não decepcione o público, justifica o cineasta.

(Com agência Reuters)

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