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‘Homens Solteiros’ diverte, mas não supera 1º ‘Mulheres Ricas’

Novo reality show da Band tem situações capazes de provocar gargalhadas, mas dinâmica de apresentação das pretendentes aos solteirões é cansativa

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jan 2014, 12h57

Aposta da Band para o espaço deixado por Mulheres Ricas, o reality show de peruas como Val Marchiori que causou grande sensação na primeira edição, em 2012, mas virou piada repetida no ano seguinte, Quem Quer Casar com Meu Filho? estreou nesta segunda-feira mostrando que tem potencial, mas precisa enxugar mais a edição para não cansar o espectador.

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Na estreia do reality em que cinco solteirões, escoltados pelas mães, buscam um par, cada um foi apresentado a dez pretendentes diferentes, dos quais deveria eliminar três logo de cara – como um dos participantes é gay, havia dez homens na fila, além de quarenta mulheres. Nem todos os cinquenta tiveram seu encontro com os pretendidos registrado no programa, é claro. Seria impossível ouvir cada um falar. Ainda assim, deu-se uma maratona de apresentações capaz de causar coceira no dedo – aquela coceirinha que leva ao botão do controle remoto -, ainda que um trecho ou outro dos diálogos pudesse disparar gargalhadas em quem assistia.

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O roteiro era sempre igual: primeiro o solteiro aparecia com a mãe, quase sempre ciumenta e controladora, e falava um pouco de si mesmo. Na sequência, os dois eram levados a uma casa enorme onde Adriane Galisteu, de vestido branco assustador, os recebia com perguntas óbvias do tipo “Como está o coração?”, feita ao empresário paulista Ivan. Era medonho. Parecia que a apresentadora tinha quebrado o pescoço: um suporte metálico-espelhado saía da cintura e cruzava o enorme decote entre os seios até a cervical, como um suporte.

As etapas seguintes eram a entrevista das pretendentes, que tinham alguns minutos para vender seu peixe ao solteirão cobiçado, e, já no final do programa, a eliminação de três nomes de cada grupo. O nerd César, 24 anos, que diz nunca ter tido um relacionamento não virtual na vida, passou mal na hora de apontar as três preteridas e, protegido pela mãe, teve a decisão adiada para a próxima semana. Já o DJ Felipe, 29, com pinta de quem nem de longe sonha em se casar, teve as escolhas feitas praticamente pela mãe, Míriam, a mais controladora de todas as possíveis sogras do reality.

Formato internacional da Eyeworks e da Cuatro Cabezas, produtora argentina que comanda a programação da Band, Quem Quer Casar com Meu Filho? já teve versões em países como Holanda, Espanha, Bélgica, França e Alemanha. A edição brasileira foi gravada há mais de um ano, quando Adriane Galisteu era ainda contratada da Band. Hoje, ela está sem emissora.

Pérolas – Apesar da extensão, a etapa das entrevistas das candidatas foi mesmo a que teve os melhores momentos do programa, embora alguns parecessem surreais demais para soar espontâneos. César, o nerd, que nunca tocou numa mulher, teve logo duas pretendentes assanhadas. Uma disse fazer dança do ventre “e fotos sensuais”. Outra contou ter aprendido a fazer pompoarismo porque sua mãe ensinou que é preciso “ser completa”. Como nem César nem a mãe, Maria Inês, faziam ideia do que se tratava, ela explicou como era a prática oriental de fortalecer os músculos da vagina e, diante da cara de choque dos dois, procurou se justificar. “Mas meu amigo disse que isso no Vietnã é atração turística. As mulheres lançam flechas assim.” Assim que ela saiu da sala, a ex-quase-sogra decretou ao filho: “Não harmoniza com você de jeito nenhum.”

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A parte de Ivan, 34, o empresário com mãe jogo-duro, também teve cenas entre constrangedoras e engraçadas. Depois de Karen aparecer com um cachorrão de dar medo, ele soltou uma pérola: “Você domina, é dominadora?”. Ao que a garota respondeu com outra pior: “Ele dorme na cama comigo.” E a mãe, Eduarda, para fechar com chave-de-ouro a sequência, concluiu: “Então, você não precisa casar”. Mãe que não perdoa, ela não deixou por menos quando Maria Julia disse que queria ir a Portugal para falar outra língua. “Ela é burrinha.”

O administrador de empresas Ramon, 27, único gay do programa, encontrou pela frente um “gay-gay”, como diz sua mãe, que aliás deixou claro não gostar do tipo, definido por ela como afetado. Quando Rafa de Armani (assim ele se apresenta) disse morar com os avós, Ramon, surpreso com o visual kitsch do menino, já quis saber: “Você não rouba roupa da sua avó, né?” Aqui, pelo menos, mãe e filho se afinaram: ambos caíram de paixão pelo veterinário bonitão Gustavo.

Ainda na categoria surreal, de fazer pensar se não há um roteiro definido para o programa, está a cena em que Edva leva uma galinha para o encontro com o vendedor e modelo Jan, de 32 anos. “Você gosta de pintinho? Pega a sua galinha e cai fora”, solta o belo, assim que a criativa candidata sai da sala.

Apesar das situações cômicas – ou tragicômicas -, o reality não decolou em audiência nem nas redes sociais. Não era para menos: no mesmo horário, a Globo exibia o primeiro episódio de Amores Roubados, série que se tornou célebre ainda em 2013, quando Grazi Massafera rompeu com Cauã Reymond, motivada, ao que se dizia, pelo caso que o ator teve com a colega de minissérie Ísis Valverde, durante as filmagens no Nordeste. Amores Roubados chegou a marcar 31 pontos de audiência na estreia.

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