Grife defende Coco Chanel: estilista não foi espiã, mas ‘intermediária’ na 2ª Guerra Mundial
Nova biografia da designer francesa, 'Dormindo com o Inimigo' sai no Brasil em setembro pela Companhia das Letras
Em defesa de sua criadora, acusada em nova biografia de ter colaborado com a inteligência nazista, a grife Chanel afirmou nesta quarta-feira que a estilista Coco Chanel foi apenas “intermediária” em negociações para um processo de paz entre Alemanha e França, durante a Segunda Guerra Mundial. A biografia em questão, Sleeping with the Enemy: Coco Chanel’s Secret War deve ser lançada no Brasil em setembro, sob o título Dormindo com o Inimigo, pela Companhia das Letras.
Em comunicado, a Chanel respondeu ao livro,e scrito pelo jornalista americano Hal Vaughan. A obra afirma que a estilista trabalhou para a agência de inteligência militar alemã, na qual era identificada como F-7124. Segundo a grife francesa, porém, Chanel aproveitou-se de sua “relação de amizade” com Winston Churchill “para atuar como intermediária visando a um acordo de paz”.
A nova biografia também revela a origem do antissemitismo da estilista e como ela foi recrutada para a inteligência nazista. Além disso, explica como Coco Chanel utilizou sua posição de espiã para receber favores, como a libertação de seu sobrinho detido e a tentativa de se apropriar dos bens de sócios judeus de sua grife.
O livro conta ainda como a rainha da moda conseguiu escapar da morte quando foi detida e posteriormente liberada em Paris, cidade na qual morreu, aos 71 anos, após nove anos de exílio na Suíça para recuperar sua reputação e reinventar a marca com a qual revolucionou o mundo da moda.
A grife Chanel admite que seus executivos ainda não tiveram a oportunidade de ler o livro, que chegou às livrarias americanas na terça-feira, e que, portanto, responde às “resenhas publicadas por alguns veículos de comunicação”.
(Com agência EFE)