Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Glória Pires viverá par romântico com atriz de ‘Senhor dos Anéis’

'Flores Raras', que começa a ser filmado em 11 de junho, narra o romance da poeta americana Elizabeth Bishop com a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares. Segundo os produtores, homossexualismo afastou patrocinadores privados

Por Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
31 Maio 2012, 20h15

As atrizes Glória Pires e Miranda Otto (Senhor dos Anéis e A Guerra dos Mundos) vão formar um par romântico no novo filme do diretor Bruno Barreto, Flores Raras, que começa a ser rodado no próximo dia 11. O filme é baseado no livro Flores Raras e Banalíssimas, de Carmem Lucia de Oliveira, e narra o romance entre duas mulheres com personalidades bem diferentes: a poeta americana Elizabeth Bishop, ganhadora do Prêmio Pulitzer de 1956, e a brasileira Lota de Macedo Soares, idealizadora do Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro.

Uma terceira personagem completa o núcleo da trama: Mary, interpretada pela americana Tracy Middendorf. que também foi companheira de Lota, amiga de Bishop e a responsável por apresentá-las. A narrativa gira em torno das três personagens, o que levou os diálogos a serem quase que exclusivamente em inglês. Por esse motivo, o roteiro inicialmente escrito por Carolina Kotscho foi revisto e finalizado pelo americano Matthew Chapman. O elenco conta, ainda, com Treat Williams (o hippie Berger, de ‘Hair’), como o poeta americano Robert Lowell, e Marcelo Airoldi, interpretando o governador Carlos Lacerda, grande amigo de Lota.

Lota e Elizabeth Bishop viveram juntas entre 1951 e 1965. A história de amor teve um fim trágico, com o suicídio de Lota, em 1967, algum tempo após a separação. Na maior parte do filme, a homossexualidade das protagonistas será tratada de forma sutil. A exceção ficará por conta da cena que retratará a primeira noite de sexo das duas.

“O único momento será essa cena, que marca o encontro das duas. Também não seria correto omitirmos ou evitarmos esse aspecto”, disse Barreto.

A história de amor vivida por Lota e Bishop não seduziu patrocinadores, segundo os produtores, devido ao receio de atrelar a imagem de suas empresas a um filme com protagonistas homossexuais. Orçado em 13 milhões de reais, Flores Raras será o primeiro filme da história da produtora LC Barreto a iniciar as filmagens sem a captação dos recursos ter sido concluída. Até agora, os produtores levantaram 9 milhões de reais – incluindo recursos do BNDES, Fundo Setorial e outras fontes públicas -, enquanto os 3 milhões restantes foram obtidos através de empréstimo contraído pela própria Lucy Barreto.

Continua após a publicidade

“Em 50 anos, isso nunca aconteceu. Minha mãe precisou deixar ações com caução no banco. Não entendo esse preconceito. O filme nem explora a questão de forma muita explítica. Mas decidimos rodar porque esse era um filme que precisava ser feito. É um sonho antigo. Esperamos que o empresariado mude de ideia.”

Flores Raras terá cenas gravadas no Rio de Janeiro, Pedro do Rio (distrito de Petrópolis, na região serrana do Rio), Nova York e Paris. As filmagens acontecem em junho, julho e agosto. Na fase de pós-produção, a tecnologia 3D ajudará o filme a reconstruir a antiga paisagem do Aterro do Flamengo e da Praia de Copacabana.

Inicialmente, o título do longa-mentragem seria ‘A arte de perder’, homônimo de um dos poemas mais famosos de Bishop. Apesar da mudança, as perdas continuarão sendo o fio central da trama. Idealizado há 17 anos por Lucy Barreto, o projeto seria dirigido pelo filho e diretor Fábio Barreto (O Quatrilho e Lula, o filho do Brasil), inconsciente desde 19 de dezembro de 2009, após sofrer traumatismo craniano num acidente de carro. A missão, então, recaiu sobre o irmão, Bruno Barreto.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.