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GB: Arquivos do MI5 se deparam com mistério sobre nascimento de Chaplin

Por Da Redação
17 fev 2012, 13h18

O MI5, que investigava nos anos 50 as simpatias comunistas atribuídas pelos Estados Unidos a Charles Chaplin, descobriu que não havia nenhum indício sobre o nascimento do cineasta, em Londres, e questionou sua pretensa “periculosidade” política, segundo informações arquivadas divulgadas nesta sexta-feira.

O serviço de informação britânico foi encarregado, em 1952, pela embaixada americana de diligências sobre o cineasta, acusado de ter feito doações, em sigilo, ao partido comunista americano em 1923 e de continuar a manter ligações com o PC.

Mas nada encontrou, como atestam os dossiês do MI5 publicados pelos Arquivos Nacionais britânicos.

A inteligência britânica também não descobriu nenhuma certidão de nascimento atestando que o astro do cinema mudo tenha nascido em Londres em 1889, num bairro pobre da capital, imigrando para os Estados Unidos em 1910, mas desmentiu reivindicações de que ele teria nascido na França.

O ator acreditava ter nascido em 16 de abril de 1889 em East Street, Walworth, sul de Londres – ironicamente apenas quatro dias antes do nascimento do líder nazista Adolf Hitler, a quem satirizou em seu clássico filme de 1940 “The Great Dictator”, O Grande Ditador.

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“Também não há nenhum vestígio em nossos arquivos de que o nome verdadeiro de Charlie Chaplin fosse Israel Thornstein”, patronímico de um judeu russo, sugerido pelos Estados Unidos, documentou o serviço secreto da época.

Mas a falta de certidão de nascimento do astro não perturbou o diretor do serviço contra a subversão do MI5, John Marriott: “É curioso que não tenhamos nenhum arquivo sobre o nascimento de Chaplin, mas considero que isto não tenha grande importância do ponto de vista da segurança”, explicou ele então.

Em 1953, Chaplin, voltou a Londres para promover um de seus filmes, uma vez que foi proibido de permanecer na América, como parte da febre antissoviética causada pelo Macarthismo, apesar de ter negado simpatias com o comunismo.

Cinco anos mais tarde, os serviços britânicos que nunca se convenceram das acusações americanas, concluíram que não havia elementos que permitissem considerar Chaplin um risco para a segurança nacional. A seus olhos, tratava-se mais de um “progressista” ou “um radical”, do que um comunista, mesmo que o nome do artista, considerado uma das vítimas do Macarthismo, tenha sido usado para servir aos interesses do comunismo.

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