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Filme mudo em preto e branco ‘O Artista’ marca a história do Oscar

Por Por Leila Macor
27 fev 2012, 14h17

Na era do 3D, a produção francesa “O Artista” tornou-se o primeiro filme mudo em preto e branco a ganhar um Oscar em 83 anos, depois de “Wings”, de 1929, fazendo história neste domingo.

Na festa do cinema nos Estados Unidos, “O Artista” conquistou cinco estatuetas: melhor filme, melhor diretor para Michel Hazanavicius, melhor ator para o francês Jean Dujardin, melhor vestuário e melhor trilha sonora.

Assim, o filme – que conta o apogeu e a queda de um ator do cinema mudo – foi também o primeiro não anglo-saxão a levar o maior prêmio da Academia, em Hollywood.

“Ninguém queria apostar na elaboração de um filme mudo em preto e branco”, disse seu produtor, Thomas Langmann, à imprensa, depois da cerimônia.

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“Sou o diretor mais feliz do mundo neste momento”, disse por sua vez Hazanavicius, agradecendo aos amigos e colegas, mas também a Uggie, o cãozinho que roubou a cena, e que também recebeu muitos carinhos.

Dujardin, considerado um dos atores mais populares de seu país, disse que se seu personagem pudesse falar, teria dito: “Porra, obrigado! Genial!”.

O ator também rendeu tributo a Douglas Fairbanks e a outros atores que serviram de inspiração a ele.

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Já a imperatriz do mundo do espetáculo Meryl Streep, de 62 anos, foi confirmada como uma das principais atrizes de sua geração, com o terceiro Oscar, depois de um recorde de 17 indicações.

“Oh, meu Deus, por favor!”, comentou Streep, ao receber o prêmio, emocionada.

“Tive a sensação de que podia ouvir metade do país dizendo ‘Oh, não, não, ela outra vez’. Mas, que assim seja …”, declarou com um sorriso.

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A aventura em 3D de Martin Scorsese, “Hugo”, também recebeu cinco estatuetas, mas todas em categorias técnicas.

A fábula, que retoma a Paris dos anos 1930, presta homenagem ao alvorecer do cinema na França, levando os prêmios de melhor de melhor fotografia, melhor direção de arte, melhor edição de som, além dos de mixagem de som e efeitos especiais.

O prêmio menos surpreendente da noite foi o concedido a Octavia Spencer, considerada a melhor atriz coadjuvante, graças à criada mal-humorada e intratável que encarnou em “The Help”, “Histórias Cruzadas”.

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No entanto, apesar de ter arrasado na temporada de prêmios en Hollywood, a atriz de 39 anos mal conseguiu agradecer a todos, com a voz embargada pelas lágrimas.

O veterano Christopher Plummer foi aplaudido de pé ao receber a estatueta de melhor ator coadjuvante, tornando-se, aos 82 anos, o ator mais velho a ganhar o Oscar por “Toda forma de amor”.

“Onde esteve durante toda a minha vida?”, disse Plummer ao receber o prêmio, dizendo que treinava desde o nascimento um discurso para a ocasião, mas que já se esqueceu dele.

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O filme de Woody Allen, “Meia-noite em Paris”, levou o Oscar de melhor roteiro original, enquanto “Os Descendentes”, de Alexander Payne, faturou a estatueta de roteiro adaptado.

Na categoria de filme estrangeiro, o vencedor foi o iraniano “A Separação”, do diretor Asghar Farhadi, que recebeu o troféu agradecendo a Academia e aos distribuidores pela visibilidade dada a sua produção.

“Não é só porque é um prêmio importante para um cineasta, mas porque, num tempo em que os políticos falam de guerra, intimidação e agressão, o nome de nosso país, o Irã, toma a palavra aqui através de sua glória, de sua rica cultura, em meio a momentos políticos difíceis”, disse.

A canção do filme “Rio”, de Sérgio Mendes e Carlinhos Brown, acabou perdendo o Oscar para “Man or Muppet”, de “Os Muppets”.

A cerimônia começou com imitações perfeitas de algumas cenas dos filmes indicados, com o mestre de cerimônia Billy Crystal como protagonista, contando com a cumplicidade dos principais atores dos filmes.

A festa de gala foi transmitida para mais de 255 países a partir do “Hollywood and Highland Center”, o antigo Teatro Kodak.

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