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Feira musical exalta patrocínio como alternativa para novas produções

Por Da Redação
30 jan 2012, 14h40

Cannes (França), 30 jan (EFE).- Apesar de não ser um fenômeno novo, o patrocínio de marcas comerciais, associado com a queda na venda de discos, aparece como uma sólida alternativa para o universo musical, segundo um manifesto apresentado nesta segunda-feira na Midem.

Para falar sobre esse assunto, a feira musical mais importante do mundo contou com a experiência de Mark Ronson, o produtor britânico responsável pelo disco ‘Black to Black’, de Amy Winehouse.

Responsável pelo projeto musical e esportivo que a Coca-Cola desenvolve para os Jogos Olímpicos de Londres, Ronson protagonizou uma das conferências centrais da chamada ‘Visionary Monday’ da Midem.

Uma raquete de ping-pong batendo a bola, uma flecha que cruza o ar e os gemidos de um esportista são alguns dos elementos usados por Ronson para criar a sintonia que a famosa empresa lançará por todo o mundo durante os Jogos Olímpicos. A faixa criada também contará com os vocais da cantora Katy B.

‘Tudo foi estranhamente fácil desde o princípio’, disse o produtor britânico sobre esta experiência. ‘É claro que estava nervoso. Trata-se de Londres 2012, do meu lar e de Katy B… Mas, se não estivesse convencido da minha capacidade não teria feito’, assinalou o artista, que lembrou que não teve dificuldade em trabalhar para a grande empresa.

Anteriormente, a Coca-Cola contava com os trabalhos de Jack White, dos White Stripes.

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Na busca de novos caminhos para a música, o produtor Carlos Jean também se aventurou em 2009 ao lançar seu ‘Plan B’, um disco elaborado com a colaboração de milhares de pessoas através de internet e patrocinado pela marca Ballantines.

Roberto Carreras e Alberto Álvarez – ambos da Novaemusik, empresa que desenvolveu o ‘Plan B’ -, apresentaram dentro do concurso do Midem a melhor campanha de marketing.

Em entrevista à Agência Efe em Cannes, a dupla relatou como decidiram materializar o projeto que partia de uma visão de rede diferente da visão da própria indústria musical. ‘A internet não é o inimigo. Está cheia de talento’, sustentam.

‘Nossa ideia não é trabalhar com as fonográficas 100%, mas pontualmente’, explica Carreras.

A ideia, amparada em um site, era fazer com que os internautas pudessem colaborar com a base rítmica apresentada pelo produtor Carlos Jean. Assim, a dupla recebeu mais mil pistas palpites por cada base e mais de 6 mil no total.

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Para ter êxito nesta missão, a dupla contou com um plano global de marketing, além da interação entre internet e televisão. O resultado foi indubitavelmente beneficente para os implicados.

No YouTube, por exemplo, os vídeos registraram mais de 9 milhões de reproduções e contaram com a participação de novos talentos, como as cantoras Mandi e Acalanto. Após três semanas, a faixa ‘Lead the Way’ já aparecia no número 1 do iTunes, acabando 2011 como uma das canções mais vendidas nesta plataforma na Espanha.

Carreras e Álvarez destacam a liberdade criativa com a qual trabalharam e o respeito ao patrocinador. Embora a vinculação com a marca aconteça de uma maneira sutil, a própria marca melhorou notavelmente sua visibilidade, entrando no ‘top ten’ das empresas relacionadas com a música, junto com tradicionais patrocinadores, caso da Heineken e Coca-Cola.

Com uma perspectiva mais empresarial, a Midem também abordou a vinculação entre música e marcas comerciais com um discurso de Kevin Roberts, presidente de uma das mais importantes agências de propaganda do mundo, Saatchi & Saatchi.

Após decretar a morte do marketing e do conceito de marcas, Roberts apostou no ‘lovemarks’, o que poderia ser entendido como a conversão da marca em um símbolo que o consumidor faz, como uma segunda pele.

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Nessa missão, Roberts destacou a importância da música, já que ‘não apela para razões, mas ao coração’, acrescentando que ajuda a criar mistério, sensualidade e intimidade com o espectador. EFE

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