Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Exposição reúne milhares de brinquedos no Grand Palais de Paris

Por Por Pascale MOLLARD-CHENEBENOIT
14 set 2011, 17h12

Da boneca antiga aos Teletubbies, passando pela réplica infantil do carro Aston Martin que pertenceu ao príncipe Andrew quando criança: milhares de brinquedos estão reunidos em uma exposição inaugurada nesta quarta-feira no Grand Palais de Paris, para maravilhar, mas também despertar reflexões sobre sua presença e evolução através da História.

A exposição “Des jouets et des hommes”, brinquedos e homens, que vai até o dia 23 de janeiro, é considerada única no gênero, pelo número de peças apresentadas, sua diversidade e a raridade de algumas.

O brinquedo existe desde a Antiguidade. No mundo ocidental, tomou quase sempre a condição de presente, oferecido durante as festas religiosas ou nos aniversários, declarou à AFP Bruno Girveau, curador da mostra, organizada pela Reunião dos Museus Nacionais, em colaboração com o setor de ‘Arts décoratifs’, e o ‘Helsinki Art museum’.

No fim do século XVI apareceu a ideia de um “doador sobrenatural”, São Nicolau no início e, depois, Papai Noel, destacou Girveau – uma maneira, talvez, de “apagar o aspecto mercantilista da compra”, ao mesmo tempo em que o brinquedo passou muito rapidamente a ser produzido por um fabricante especializado, em grande quantidade.

O animal ocupa um lugar de destaque na exposição, ritmada pelos pequenos cenários óticos do artista Pierrick Sorin. O brinquedo do príncipe impérial Eugène-Louis Napoléon Bonaparte, filho de Napoléão III também pode ser admirado: ele cavalgava desde os seis anos um magnífico cavalo mecânico.

Continua após a publicidade

O urso, animal selvagem, tornou-se um doce brinquedo de pelúcia no início do século XX. Inventado na Alemanha, expandiu-se nos Estados Unidos após o célebre caso do presidente Theodore Roosevelt poupando um urso durante uma caçada, em 1902. O ‘Teddy bear’ nasceu, então, para marcar seu século.

Na exposição, há uma diferenciação dos brinquedos segundo o sexo, seguindo a tradição antiga. Começa pelos usados pelas meninas, para imitar a mãe cuidando de um bebê, cozinhando e se embelezando.

A boneca existe desde a mais remota ‘Antiguidade e logo adquiriu longas pernas, como a Barbie, demonstra uma vitrine onde são apresentadas vários exemplares romanos e gregos.

“Toto” nas trincheiras

Continua após a publicidade

Para os meninos, tanques, carruagens, carros, trens, motos. A réplica exata do Aston Martin de James Bond foi dada de presente, em 1966, ao príncipe Andrew pela empresa britânica, e fascina os pequenos. Pode correr a até 16 km à hora e reproduz os dispositivos usados pelo célebre agente secreto no filme “Goldfinger”.

Seguem os brinquedos de guerra. “Toto”, uma boneca de uniforme militar chegou a ser famosa durante a guerra de 1914-1918, junto com o soldado Louis Danton. A noiva de Danton deu-lhe de presente a mascote, fotografada nas trincheiras ao longo do conflito.

Um pouco mais longe, pequenas estatuetas de Hitler em uniforme na tribuna, tendo em torno comandantes nazistas, fabricados pela empresa alemã Hausser, transmitem um certo ‘frio na espinha’.

O cinema e a televisão tumultuaram o universo do brinquedo, com o aparecimento de produtos derivados. Cada geração passou a ter seu herói. Mickey, de Walt Disney; o elefante Babar, protagonista do livro infantil francês L’Histoire de Babar, escrito por Jean de Brunhoff; Nicolas et Pimprenelle, personagens que marcaram uma geração de franceses, com o famoso programa da televisão Boa noite, crianças, dito por um ursinho – personagens presentes, numa época, nas estampas de pijamas infantis aqui no Brasil; e ainda Goldorak ou Grendizer, na versão japonesa, que saiu da série Atlas UFP Robô – a partir da história em quadrinhos criada entre 1975 e 1977 por Go Nagai; e os Teletubbies, mais recentes.

Continua após a publicidade

Mas, para crescer, é preciso aceitar a renúncia aos brinquedos. Na Antiguidade, por exemplo, as meninas gregas sacrificavam suas bonecas depositando-as aos pés do altar da deusa da lua e da caça Artemis.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.