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Especialistas acreditam ter encontrado obra de Leonardo da Vinci

Por Por Dario Thuburn
12 mar 2012, 14h21

Especialistas anunciaram nesta segunda-feira que acreditam ter encontrado vestígios de uma obra inacabada que atribuem ao gênio italiano do Renascimento Leonardo da Vinci, em uma coletiva de imprensa em Florença, capital da Toscana.

Estes rastros foram encontrados graças a microcâmeras colocadas através de uma obra de Vasari, em uma parede que cobre a construção original e que se encontra no famoso Salão dos Quinhentos do Palazzo Vecchio, símbolo do poder da família Médici e atualmente sede da prefeitura de Florença.

Segundo os especialistas, a tinta encontrada seria a mesma utilizada por Da Vinci para pintar La Gioconda.

“A composição de manganês e ferro encontrada no pigmento preto foi identificada exclusivamente nas pinturas de Leonardo”, explicou Maurizio Seracini, professor de História da Arte da Universidade de San Diego e impulsionador do projeto.

Seracini afirmou que Leonardo pintou a “Mona Lisa” na mesma época que seu afresco há muito tempo perdido “A Batalha de Anghiari”, mas disse que a pesquisa “não foi conclusiva” e deve ser prosseguida.

“Embora estejamos apenas em uma fase preliminar e exista muito trabalho a ser feito para resolver o mistério, as evidências sugerem que vamos pelo bom caminho”, disse Seracini.

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A pesquisa gerou controvérsia na Itália. Cerca de uma centena de historiadores assinaram um manifesto no qual denunciaram o que chamaram de “operação publicitária ao estilo Dan Brown”, autor do best-seller O Código Da Vinci.

Os historiadores também temem que as microssondas utilizadas por Seracini tenham danificado o afresco de Vasari, pintado em 1563, chamado de “Batalha de Marciano”.

Autoridades culturais de Florença, entre elas a Oficina das Pedras Duras, uma entidade especializada na restauração de pinturas, estão convencidas de que Vasari pintou seu afresco em cima da pintura inacabada de Da Vinci.

Da Vinci (1452-1519) iniciou sua pintura da batalha em 1440 entre as forças milanesas e florentinas em um salão na sede do governo de Florença em 1505, mas nunca a finalizou.

O afresco, no entanto, foi elogiado por contemporâneos de Da Vinci, como o historiador de arte e amigo pintor Giorgio Vasari, que classificou-o de “beleza graciosa”, ou o pintor flamengo barroco Peter Paul Rubens, que produziu uma famosa réplica da pintura.

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O esboço de Rubens mostra uma cena sangrenta de cavaleiros lutando com espadas e pisando nos homens da infantaria – seus rostos contorcidos de raiva e seus cavalos musculosos entrelaçados com os olhos esbugalhados de medo.

Alguns historiadores acreditam que Vasari construiu uma parede em frente ao afresco para preservar os esforços de Da Vinci e por respeito ao seu mestre, e, em seguida, pintou seu próprio trabalho, “A Batalha de Marciano”, na nova parede em 1563.

“Os dados das análises químicas, embora não sejam conclusivos, sugerem a possibilidade de que a pintura da Vinci, que há muito tempo acreditavam ter sido destruída em meados do século 16… pode existir por trás de Vassari”, disseram os organizadores.

Seracini afirmou que o próprio Vasari deixou uma pista tentadora em sua pintura sobre a obra escondida de Leonardo, com uma inscrição em uma bandeira sustentada por um dos soldados na batalha na qual se pode ler “Cerca Trova” (“Busque e você encontrará”).

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