Em São Paulo, o pagode também tem sua vez
Bloco Lua Vai toca pagode dos anos 1990, ao ritmo do carnaval
Depois do forró e das músicas diversas para o público LGBT, a Praça da República recebeu o Bloco Lua Vai, auto-proclamado o primeiro bloco de pagode do carnaval de São Paulo.
O bloco foi criado em 2017 pelo produtor Leandro Pardi e amigos. “Estávamos em uma dessas festas de pagode dos anos 1990 e decidimos que precisávamos de um bloco com o Raça Negra (grupo de pagode que ganhou fama nos anos 1990). A ideia evoluiu e fizemos um grupo com todo o pagode daquela década”.
O sucesso do grupo foi imediato. Logo no primeiro ano, cerca de 25 mil pessoas estiveram no bloco, que esse ano espera 40 mil foliões.
Apesar do sucesso, o Lua Vai não tem lucro no carnaval, sem patrocínio, o bloco é pago com o lucro de festas realizadas durante o ano. “A licença da prefeitura não é cara. Ela ajuda muito o bloco, mas tem o custo de locação de trio, ambulância e instrumentos, que é nosso. No fim, não temos lucro nem prejuízo, saímos no zero”, explicou Pardi.
O som fica sob responsabilidade da banda Urbanú, puxada pelo cantor Victor Hugo. Mais de dez músicos tocam pagode no ritmo do carnaval para um público dos 20 aos 30 anos.