Disney aposta em ficção científica e animação 3D para o fim do ano
Rapunzel e o retorno do cult 'Tron' são os lançamentos do estúdio para o Natal
A Disney revelou em Los Angeles as produções que são a aposta do estúdio para o fim de ano: Tron Legacy, sequência do filme de ficção científica cult Tron, de 1982, e Enrolados, uma animação em 3D que recria com humor uma história de princesa. Durante uma “projeção de trabalho” nos estúdios Disney em Burbank, subúrbio de Los Angeles, o diretor da companhia, Rich Ross, apresentou 20 minutos de Tron Legacy e a versão completa de Enrolados, já em fase de pós-produção.
O diretor do novo Tron, Joseph Kosinski – que faz sua estreia em longas-metragens -, afirmou que procurou “ficar à altura da herança do primeiro filme”. “Sem uma boa história, a tecnologia e os efeitos especiais não servem para nada”, afirmou. Esta é uma observação pertinente, já que o roteiro foi o calcanhar de Aquiles do primeiro Tron, que contava como Kevin Flynn (Jeff Bridges), um criador de videogames, havia sido teletransportado para dentro de um jogo de computador, e recebeu críticas díspares antes de se tornar um cult.
O filme, com efeitos especiais muito elaborados para a época, acompanhou o fervor nascente pelos jogos eletrônicos no início dos anos 1980, dos quais retomava a estética visual e musical, mas que perdeu a atualidade rapidamente. O longa arrecadou 33 milhões de dólares na América do Norte e foi um fracasso comercial para a Disney. Protagonizado por Garrett Hedlund, no papel de filho de Flynn que partiu em busca do pai prisioneiro de um mundo virtual, Tron Legacy” tem participação de Jeff Bridges, retomando o mesmo papel que viveu em Tron. O filme estreia dia 17 de dezembro na América do Norte.
Já com Enrolados, a Disney volta a um campo conhecido seu, o de histórias de princesas. A animação digital conta as aventuras de Rapunzel, uma princesa ignorada com cabelos mágicos, e de um ladrão. Todos os ingredientes que agradam nos desenhos animados da Disney estão presentes, mas é fácil perceber que os sucessos da Pixar – de propriedade da Disney – e as irreverências de Shrek, da concorrente Dreamworks, deixaram sua marca: com mais ironia apresenta novidades com prudência. O filme, dirigido por Nathan Greno e Byron Howard, estreia na América do Norte em 24 de novembro.
(Com agência France-Presse)