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Comoção e polêmica na Grécia após acidente fatal de Théo Angélopoulos

Por Volker Hartmann
25 jan 2012, 09h36

A Grécia estava em choque nesta quarta-feira após a “trágica” morte na terça de seu grande cineasta Théo Angélopoulos, atropelado por um motociclista durante filmagens perto de Atenas, enquanto uma polêmica foi desencadeada sobre o atraso da ambulância para que fosse atendido.

O ministro da Cultura, Pavlos Geroulanos, saudou a obra de um “dos maiores criadores da Sétima Arte e embaixador da cultura grega”, considerando que “em seu caso, o termo ‘insubstituível’ teria todo sentido”.

O jornal Kathimérini destacou que Angélopoulos foi um diretor dono de um “novo humanismo”, enquanto que o Ethnos lamentou a perda de um “poeta do cinema”. O Ta Néa homenageou o diretor “que fez o cinema grego viajar ao fim do mundo”.

As rádios e redes de televisão abriram seus programas com o anúncio de sua morte, ressaltando o caráter “trágico” da morte do cineasta, Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1998 por seu filme “A eternidade e um dia”.

Adepto da lentidão e dos planos contemplativos, Théo Angélopoulos foi atropelado por um policial fora de serviço que circulava de moto em alta velocidade no subúrbio de Atenas, em plena rodagem de seu último filme, “O outro mar” (tradução livre), dedicado à crise financeira e à falência de seu país e da Europa. O cineasta tinha 77 anos.

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A imprensa alimentou também uma controvérsia sobre o atraso da ambulância para chegar ao local, de 35 a 40 minutos após o acidente, segundo diversos testemunhos.

Um representante sindical dos motoristas de ambulâncias, Ioannis Houssos, afirmou à rádio Flash que faltam motoristas e que a frota está em condições precárias. Ele afirmou que um primeiro veículo enviado por um hospital do centro da cidade teve problemas mecânicos, antes de ser substituído por outro. Mas como a ambulância pertencia a um hospital distante, uma terceira conseguiu chegar ao local antes.

A imprensa se manteve prudente em relação às responsabilidades de vítima e do motociclista na tragédia.

A Grécia registra a maior taxa de mortes nas estradas da Europa, algo que muitos atribuem à imprudência de pedestres e motoristas, à apatia da polícia frente às infrações, e ao mau estado de conservação das estradas.

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