Um imenso carrossel de cavalos brancos, com belas modelos como amazonas, entre elas a top britânica Kate Moss, foi o cenário escolhido para o desfile da Louis Vuitton, que fechou com chave de ouro a Semana de Moda de Paris.
A proposta romântica e chique para a primavera-verão 2012 da maison Vuitton, criada pelo estilista americano Marc Jacobs, foi baseada em tons pastéis, além de flores e plumas de todas as cores, evocando a feminilidade dos anos 1950 e 1960.
O carrossel “é uma metáfora da moda, que se recicla e recicla de novo”, disse o estilista após um desfile muito aplaudido no último dia da Semana de Moda de Paris, que chega ao fim nesta quarta-feira após nove dias de uma verdadeira maratona de desfiles. O carrossel é “Paris, a primavera no Jardin des Tuileries, uma maneira de ser ingênuo, simples”, acrescentou Jacobs, cujo nome ecoa insistentemente há semanas como substituto do talentoso estilista britânico John Galliano como diretor artístico da maison Dior.
“Quis uma coleção suave, tranquila, terna, feminina, aérea”, explicou Jacobs, que trouxe azuis, verdes e rosas discretos, brancos com um aroma de jardins primaveris, além de flores e poás de veraneio em vestidos leves, alguns deles acompanhados de delicadas capas, assim como conjuntos de saia a jaqueta. Nos pés, scaripin de salto médio em branco. Os cabelos vieram presos com o toque final de uma delicada e romântica tiara.
Kate Moss, montada em um cavalo branco e vestida com um look branco marfim, muito curto, sem mangas e decorado com flores e plumas de avestruz, foi o final com chave de ouro para o desfile de Jacobs, que tradicionalmente se apresenta no último dia do evento.
A Semana de Moda parisiense começou na semana passada entre especulações que a Dior aproveitaria a ocasião para nomear seu novo diretor criativo após a saída de Galliano após o escândalo dos insultos racistas e antissemitas. Mas o evento chega ao fim nesta quarta-feira sem uma palavra da famosa marca, que está há sete meses sem um estilista estrelado.
No final do evento, Jacobs, responsável também por sua marca homônima além das criações para a Vuitton, que pertence ao mesmo grupo de luxo LVHM da maison Christian Dior, continua sendo apontado como o possível sucessor de Galliano. Apesar disso, alguns jornalistas especializados em moda aventaram com a possibilidade na terça-feira do nome de Sarah Burton, diretora artística da marca Alexander McQueen, como uma possível sucessora de Galliano na Dior, talvez pelo desfile sucesso de crítica apresentado pela estilista britânica na véspera.
Burton, em sua terceira coleção na Semana de moda de Paris, após o suicídio de McQueen em fevereiro de 2010, apresentou uma beleza feminina, com rendas e plissados, mas ao mesmo tempo inquietante.
A coleção, em que se destacaram vestidos e combinações em rendas delicadas em cores como creme, cinza e dourado, muitos justos na cintura, foi apresentada por modelos com a cabeça coberta de renda em uma espécie de toca, no melhor estilo Alexander McQueen, que impedia ver os olhos mas deixava exposto o resto da face.
Sarah Burton, que criou o vestido de noiva com mangas de renda e grande gola de Kate Middleton para se casar com o príncipe William da Inglaterra, em abril passado, não teve em seu desfile uma só calça, mas apenas vestidos muito curtos, saias com balonês em forma de bola, além de vestidos amplos com detalhes transparentes e uma infinidade de bordados.
Paris foi a última semana de moda do calendário internacional, depois de Nova York, Londres e Milão. A festa da moda recomeça em fevereiro do próximo ano, quando centenas de criadores apresentarão suas propostas para o outono-inverno 2012.
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