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Banda de folk America aposta na simplicidade em show em SP

Beckley e Bunell tocaram clássicos dos mais de trinta anos de carreira do grupo e foram bem recebidos pelo público paulista

Por Daniel Dieb
22 jun 2015, 11h24

Se em festivais como Lollapalooza e Rock in Rio a música, que deveria ser o foco, cai para segundo plano em meio a tantas distrações, como efeitos especiais, cenários pomposos e lojas variadas, a banda America mostrou, na fria noite deste domingo, que boas canções são suficientes para realizar um show memorável. Na apresentação no Citibank Hall, em São Paulo, o grupo simpatia de folk rock tocou 22 faixas intercalada com conversas, que foram bem respondidas pela receptiva plateia. No fim, a banda foi aplaudida de pé.

Até o jogo de luzes usado era simples e quase imperceptível. Apenas a banda e seus instrumentos, com imagens antigas ao fundo, ocupavam o palco – combinação que se mostrou suficiente para os presentes. Gerry Beckley e Dewey Bunell, membros fundadores da banda, saudaram o público com Miniature e Tin Man, duas faixas do álbum Holiday, de 1974, produzido por George Martin, conhecido como “o quinto beatle” por ter trabalho com o quarteto de Liverpool em seus primeiros discos.

Em Don’t Cross the River e Daisy Jane, o grupo arrancou sorrisos e palmas do público, em um clima que mais parecia uma roda de violão entre amigos. Alegres, Beckley e Bunell distribuíam acenos, assim como Richard Campbell, baixista do America desde 2003, e os novatos Ryland Steen e Bill Worrell, que assumira a bateria e a guitarra, respectivamente, desde o ano passado.

Desde a saída de Dan Peek do trio original, em 1977, America reveza os músicos que a acompanha. Bunell brincou com Worrell ao dizer que ele nem era nascido quando compôs Ventura Highway, clássico do álbum Homecoming, de 1972. Apesar da juventude, Worrell se destacou dos colegas em diversos momentos ao arranhar apurados solos de guitarra.

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Em algumas canções, ele até deixou a guitarra de lado para tocar teclado, caso da música Woodstock, cover de Joni Mitchell, a quem a banda desejou melhoras. No final de maio, Joni, 71 anos, sofreu um aneurisma cerebral e, segundo seu site oficial, ela “está consciente e com boas perspectivas de recuperação”.

O show já havia passado da metade quando Beckley sentou-se em um banquinho em frente o teclado para tocar Only In Your Heart, de Homecoming. Os primeiros acordes mal haviam soado e a plateia de antigos fãs já acompanhava o ritmo com palmas, ansiosos pelo refrão “Mary, I’ve Seen Better Days”, que foi entoado a plenos pulmões pelos presentes.

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Depois dela, o vocalista lembrou a importância dos anos 1960 para o grupo, que se formou em Londres em uma época de efervescência cultural, quando Jimi Hendrix morou por lá, Pink Floyd dava seus primeiros passos e The Beatles havia acabado de lançar o clássico Sgt. Pepper’s Lonely Heart Club Band. Após a breve contextualização, a banda arriscou um cover de California Dreamin, imortalizada por The Mamas & the Papas.

Aos 62 anos, Beckley mostrou fôlego ao tocar gaita, teclado e cantar em Lonely People, do disco Holiday (1974). Antes de Sandman, Bunell apresentou os colegas de banda e depois fechou com Sister Golden Hair, do álbum Hearts, de 1975. No bis, America tocou Dream Come True, de Lost & Found, lançado ano passado. O clássico maior do grupo, A Horse with No Name, foi reservado para fechar a noite. A canção-chiclete foi uma boa pedida para continuar a embalar a cantoria dos fãs na saída do show e, quem sabe, os acompanhe ao longo da semana.

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