O artista americano Ellsworth Kelly, conhecido por suas pinturas abstratas, morreu aos 92 anos, informou neste domingo o jornal The New York Times. O periódico cita Matthew Marks, proprietário da galeria de mesmo nome em Manhattan, que anunciou a morte do artista minimalista. “Acho que ele uniu o modernismo europeu e americano”, disse Marks. “Era um autêntico americano.”
Kelly nasceu em Oradell, nos arredores de Nova York, em 1923, e ainda jovem estudou no Pratt Institute, antes de ser enviado à Europa como recruta em janeiro de 1943. Depois de deixar o exército em 1945, estudou pintura na Escola do Museu de Belas Artes de Boston. Estudou arte na França por vários anos no GI Bill e fez sua primeira exposição individual na Galerie Arnaud Lefebvre em Paris, em 1951. Ele voltou para Nova York anos depois.
“Eu era muito tradicional. Sempre pintava nus, sem cor. Gostava de Kandinsky. Queria fazer algo diferente”, disse ele em uma entrevista este mês ao jornal britânico The Guardian, em que afirmou que continuava a trabalhar. Suas obras são marcadas pela simplicidade das formas das esculturas e gravuras em cores brilhantes, que influenciaram até o mundo da moda. “Eu dou o que tenho. Já não posso trabalhar em telas muito grandes, de modo que as ideias se veem um pouco bloqueadas”, disse.
Kelly teve retrospectivas no Museu Guggenheim de Nova York e no Museu de Arte Moderna de San Francisco, entre outros. “Em sua obra, Kelly abstrai as formas em suas pinturas a partir de observações do mundo real, tais como sombras de árvores ou espaços entre elementos arquitetônicos”, de acordo com sua biografia no site do Guggenheim.
(Da redação com agências France-Presse e Reuters)