VEJA lança Microcurso de Redação para o Enem
Feitas em parceria com professores de cursinhos preparatórios, orientações serão publicadas durante esta semana
A redação é o bicho-papão para grande parte dos estudantes que participam do Enem. É no texto dissertativo que eles têm de expor ideias e argumentar – revelando, espera-se, um português corretíssimo. Para ajudar os candidatos nessa tarefa, VEJA.com elaborou, em parceria com professores de cursinhos preparatórios, um Microcurso de Redação em cinco capítulos – a serem publicados durante esta semana, como descrito a seguir:
– segunda-feira: domínio do idioma
– terça-feira: adequação ao tema proposto
– quarta-feira: como argumentar
– quinta-feira: como apresentar propostas
– sexta-feira: redações nota 10 comentadas
A redação é um item valioso do Enem. A pontuação dos candidatos nessa prova varia de 0 a 1.000 pontos: quem obtiver um zero aqui fica automaticamente impossibilitado de disputar vagas oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). Ou seja, os que não forem capazes de dissertar estarão fora das universidades federais, estaduais e até privadas que usam o Enem como processo seletivo. Por outro lado, quem se sair bem na construção do texto pode avançar na competição por uma das vagas.
O primeiríssimo ponto a entender é qual é, afinal, o caráter da redação proposta no Enem. Em resumo, qual o “jeitão” da prova e o que os examinadores querem medir com ela. O exame federal apresenta um tema e exige do candidato a redação de um texto do tipo dissertativo, ou seja, aquele que analisa e debate a ideia proposta utilizando argumentos para justificar uma opinião adotada. O texto deve ter no mínimo 6 e no máximo 30 linhas.
“Dissertação é um texto em que o aluno deve firmar uma posição”, afirma Francisco Platão Savioli, supervisor de língua portuguesa do Anglo Vestibulares. É importante lembrar que, pela natureza da prova, outros tipos de textos não são aceitos – e também rendem zero a seus autores. É o caso de narrações, poemas ou letras de música. Nesse aspecto, não há lugar para invenção no Enem. Com essa estrutura, os examinadores tentam medir as seguintes habilidades dos estudantes: (Continue a ler a reportagem)
Temas – Ninguém, além dos examinadores do Enem, é claro, conhece o tema que será proposto na prova de redação do próximo dia 4. Um estudo detalhado das edições anteriores do exame, contudo, revela padrões que se fixaram desde a primeira aplicação da avaliação federal, em 1998.
Para o professor de redação Tiago Fernandes, do CPV Vestibulares, é possível observar a recorrência de temas contemporâneos e que se ligam em alguma medida à realidade dos jovens. “As propostas costumam abordar questões atuais e incentivar a discussão sobre assuntos que tocam a vida dos estudantes”, afirma Fernandes. O objetivo disso, acrescenta o professor, é garantir que os candidatos tenham ferramentas para propor soluções ao problema apresentado.
Analisando todas as edições do Enem, o professor Platão, do Anglo Vestibulares, observa ainda três eixos temáticos na redação. Ou seja, os temas apresentados até aqui podem ser agrupados em três grandes áreas, comentadas na lista a seguir: (Continue a ler a reportagem)
Treino – A redação do Enem é um grande desafio. Mas ainda há tempo para o treino. Na reta final de estudos, os professores incentivam os candidatos a realizar ao menos duas redações por semana. Fernandes, do CPV, sugere alguns temas: eleições municipais, lei das cotas, código florestal brasileiro e construção da usina hidroelétrica de Belo Monte, além de engajamento político na internet e papéis de negros e índios na sociedade brasileira.
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