UFMG prepara guia sobre cotas para candidatos
Manual detalhará mudanças acarretadas pela lei que reserva 50% das vagas a alunos da rede pública. Cronograma do vestibular será mantido
Os candidatos ao vestibular 2013 da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) receberão a partir da próxima semana instruções do que devem fazer caso queiram optar pelo sistema previsto na lei das cotas. A instituição informou que a adoção das medidas determinadas pela lei 12.711/12, que determina reserva de vagas para alunos de escola pública de acordo com critérios étnicos e socioeconômicos, não vai alterar as datas de provas e o processo de inscrição, já encerrado.
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Um novo edital, com todas as alterações nas vagas e na apresentação de documentos por parte dos inscritos, deverá ser publicado na próxima semana após reunião do Conselho Universitário, marcada para o próximo dia 23. A universidade já adiantou que enviará e-mail a todos os candidatos com as instruções para os próximos passos. Eles terão de informar se desejam ou não optar pelo sistema de cotas e serão convocados a apresentar a documentação que comprove o histórico escolar, assim como a renda familiar.
A nova lei, sancionada pela presidente Dilma Rousseff no fim de agosto, prevê que as instituições federais de ensino superior reservem 12,5% das vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Metade dessas vagas deve ser destinada àqueles que têm renda familiar per capita menor que 933 reais, equivalentes a 1,5 salário mínimo. Além disso, a lei prevê reserva também de acordo com critério étnico levando em conta a proporção de pretos, pardos e indígenas constatada pelo último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em cada estado e no Distrito Federal.
As instituições têm quatro anos para implementar a lei. Para o ingresso no primeiro semestre de 2013, todas as universidades e institutos técnicos deverão ter cumprido pelo menos 25% da nova lei, ou seja, deverão reservar 12,5% das vagas para os cotistas. Na UFMG, a reserva neste primeiro ano da lei vai representar 862 vagas das 6.670 oferecidas em seus 75 cursos de graduação. A instituição também já separa, pelo quarto ano, 12 vagas em 6 cursos para indígenas.
(Com Agência Estado)
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