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Sites vendem diplomas falsos de universidades

Certificados de conclusão custam entre 4.000 e 6.500 reais. Ministério da Educação diz que não tem responsabilidade na diplomação de alunos

Por Da Redação
4 fev 2013, 12h31

Diplomas falsos de nível superior estão sendo vendidos livremente pela internet por preços que variam de 4.000 reais a 6.500 reais. Em diversos sites, falsificadores prometem entregar os diplomas em um prazo de até dez dias e afirmam que o documento é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).

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Sem saber que se tratava de uma reportagem, um atendente do site Sucesso Corp, um dos envolvidos no esquema, explicou como adquirir um diploma: o primeiro passo seria enviar documentos pessoais à faculdade indicada por ele e pagar 60% do valor total do serviço. O certificado de conclusão do curso de pedagogia, por exemplo, sairia por 4.500 reais; já o de enfermagem, 6.000 reais.

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“Você vai escanear os documentos e mandar por e-mail. Eles vão fazer o encaixe e mandar para o MEC. Em dois ou três dias, o MEC dá ok e você deposita 60%. Mais oito dias, sai a publicação e eu mando levar o diploma”, disse o atendente, identificado como Marcos. Segundo ele, seria possível escolher ainda a universidade pela qual o documento falso seria emitido.

Em outro portal de compras e vendas, um atendente disse conseguir um número de registro que daria acesso exclusivo ao histórico escolar de um aluno desistente do curso pretendido. “O diploma é reconhecido e registrado. Você vai poder checar dentro da própria instituição a autenticidade do que você está comprando. Tem muita gente que te vende um pedaço de papel e você não pode averiguar nada”, afirmou o homem, que ofereceu diplomas da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Universidade Paulista (Unip).

Máfia – Questionado sobre o caso, o diretor jurídico da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), José Roberto Covac, levantou a hipótese de que diplomas originais estejam sendo usados no esquema fraudulento e de que haja envolvimento de funcionários das universidades. “Quem assina o diploma é o reitor. Quando a universidade faz o registro do diploma, ela verifica todo o registro acadêmico do aluno. Parece que há uma máfia e que alguém de dentro da universidade está fabricando documentação e registro. E o reitor acaba até assinando o diploma sem ter conhecimento”, disse.

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A Universidade Presbiteriana Mackenzie afirmou por nota que repudia a comercialização de diplomas e diz que o processo seria “praticamente impossível” de ser realizado dentro da instituição em razão do número de setores e profissionais envolvidos na diplomação dos alunos.

Também citada pelo fraudador, a Unip afirmou que “os sistemas adotados pela instituição inviabilizam o esquema de confecção de diplomas a não formandos” e ressaltou que pretende procurar a Polícia Civil para requerer a instauração de um inquérito para investigação do caso. O MEC disse que não tem responsabilidade na questão e que cabe exclusivamente às instituições de ensino superior a diplomação de seus alunos.

(Com Estadão Conteúdo)

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