Seis em cada dez universitários querem abrir o próprio negócio
Pesquisa revela que 76% das instituições oferecem alguma disciplina de empreededorismo. Longo caminho separa 'vontade' dos jovens de 'ação'
Concluir o ensino superior e conseguir um bom emprego já não é o principal objetivo da maior parte dos universitários brasileiros. A ambição de seis em cada dez estudantes é ter o próprio negócio. É o que revela a pesquisa Empreendedorismo em Universidades Brasileiras, realizada pela Endeavor – organização sem fins lucrativos especializada em identificar e viabilizar potenciais empreendedores. Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Endeavor realiza, até a próxima quarta-feira, a Rodada de Educação Empreendedora, evento que tem como objetivo promover melhores práticas de empreendedorismo nas salas de aula.
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Os universitários que já são empreendedores representam 8,8% dos entrevistados, sendo que a maioria esmagadora possui empresas com até 10 funcionários. A pesquisa reforça o conceito de que empreendedorismo vem de casa: 62,8% dos jovens que empreendem afirmaram que os pais também têm negócios próprios.
Universidades – O empreendedorismo está em evidência nas instituições de ensino superior: 76,1% das universidades analisadas oferecem alguma disciplina de empreendedorismo nos cursos que oferecem – porcentagem bem maior que a média mundial, que é de 24,8%. Ainda assim, isso não se reflete na situação dos universitários entrevistados, visto que apenas 39,7% afirmaram que já cursaram uma disciplina ligada a empreendedorismo.
Uma das possíveis razões para essa discrepância, segundo a pesquisa, é que, embora a educação empreendedora tenha ganhado destaque nos últimos anos, grande parte das instituições oferece cursos superficiais, como Introdução ao Empreendedorismo (69,9%) e Criação de novos negócios (63,0%). Cursos mais específicos, como Finanças para Pequenos Negócios e Inovação e Tecnologia fazem parte do currículo de um porcentual bem menor de universidades: 26,1% e 39,1%, respectivamente. Para a Endeavor, além de expandir a oferta, é preciso diversificá-la. “As universidades devem, em primeiro lugar, oferecer cursos para todos os seus alunos. Depois, incentivá-los a participar de instituições estudantis, propiciar estágios em empresas recém-criadas e visitas a startups. Essas ações aumentam a vontade e confiança de empreender”, diz Amisha.
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