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Um dia antes da aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2013, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, avisou que uma equipe do Ministério da Educação (MEC) vai monitorar as redes sociais para evitar que as questões sejam publicadas na internet.
No ano passado, 65 candidatos tiveram a prova anulada por terem publicado a imagem da prova, do cartão de resposta ou por terem sido flagrados no momento da fotografia. “Não tentem postar fotos. Nós temos técnicos competentes e esse controle é importante. É uma obrigação nossa garantir o sigilo do Enem”, alertou.
Segundo o ministro, o flagrante das postagens se dá em questão de minutos e, ao ser identificado, o autor será imediatamente eliminado do exame.
Mercadante evitou falar sobre o tamanho da equipe que vai monitorar as redes sociais. “A nossa equipe não é a do Obama, mas também é muito boa”, brincou. No ano passado, no entanto, o sistema falhou: uma candidata foi erroneamente identificada e acabou tendo a prova anulada. “Era um nome muito específico, pouco provável que tivesse um homônimo, mas tinha, no mesmo município, e com isso nós tivemos um incidente”, disse Mercadante. Ele ressaltou que, ao ser constatado o erro, o MEC entrou em contato com a jovem e lhe ofereceu a possibilidade de realizar a prova duas semanas depois.
O ministro ressaltou que os candidatos que fraudarem a prova não serão apenas punidos com a anulação da avaliação. O ministro lembrou que na última edição do Enem um professor de cursinho que fez um pré-teste do exame e vazou questões da prova acabou sendo preso. “Esse cidadão pegou mais de seis anos de cadeia. Não se pode prejudicar o direito das pessoas de fazer uma prova segura. É prevista no Código Penal a punição contra fraudes em exames de concurso público”, alertou.
Nos últimos dias, circulou por meio do microblog Twitter um gabarito falso do Enem. Mercadante negou qualquer vazamento da prova e ressaltou que o caso foi encaminhado para análise da Polícia Federal (PF).
Recomendações – Além do alerta contra as fraudes, o ministro da Educação também fez as últimas recomendações para o exame. Após a redação do Enem ter virado espaço para chacotas na edição de 2012, as regras de correção foram endurecidas: qualquer fuga ao tema principal culminará na nota zero ao candidato.
Outra novidade nesta edição é a redução das discrepâncias nas notas totais para que um terceiro corretor seja acionado: agora, a diferença de 100 pontos na nota dada pelos dois corretores acarretará uma nova correção. No ano passado, a discrepância era de 200 pontos. Com a mudança, a previsão é que 52% das provas passem pela terceira análise – o dobro do registrado no Enem 2012.
O Enem é requisito básico para a disputa de vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona estudantes para instituições públicas de ensino superior, e pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas em instituições privadas. Além disso, a avaliação também é requisito obrigatório para a participação no Ciência sem Fronteiras (CsF), que envia para o exterior estudantes de graduação ou pós-graduação.