PUC e Mackenzie prometem analisar cursos ‘reprovados’

A Universidade Presbiteriana Mackenzie e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e de Goiás (PUC-SP e PUC-GO) informaram que vão investigar os motivos que levaram à “reprovação” de cursos de graduação em avaliação do Ministério da Educação. Além das três universidades, outras 18 instituições são responsáveis por cursos com conceito insuficiente na avaliação do MEC.

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O Mackenzie alega que o curso de arquitetura e urbanismo, que obteve nota 2 (na escala de 1 a 5) no Conceito Preliminar de Curso (CPC), registrou um “desempenho atípico” no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2011. A performance dos alunos no Enade é um dos indicadores que o MEC leva em consideração para elaborar a avaliação dos cursos superiores. Além do exame, também são consideradas a infraestrutura da instituição de ensino e a qualificação do corpo docente. Uma comissão interna do Mackenzie – com participação de professores, alunos, funcionários e gestores – deverá realizar um estudo do desempenho dos estudantes no Enade.

Por meio de nota oficial assinada pela reitora Anna Cintra, a PUC-SP afirma que vai avaliar “todos os componentes que levaram dois cursos de geografia e um de história a obterem resultados insatisfatórios”.

Já PUC-GO, que teve o curso de engenharia civil reprovado, afirma que a avaliação do MEC “não reflete as melhorias e os investimentos realizados nos últimos anos no curso”. “O resultado do Conceito Preliminar de Curso (CPC) é fortemente dependente do desempenho e da adesão dos alunos ao Enade (…). Confiamos que a visita in loco, decorrente deste resultado, permitirá ao MEC ter uma visão mais completa do curso e formular uma avaliação mais abrangente”, diz a nota.

A PUC-MG, cujos cursos de ciências biológicas e ciências sociais não atingiram a nota adequada, informou que ainda não foi notificada pelo MEC e, por essa razão, não vai se manifestar.

As instituições não terão os vestibulares suspensos, mas serão obrigadas a assinar um termo com o MEC em que se comprometem a realizar melhorias em seus cursos. Elas terão um prazo de 60 dias para a reestruturação do corpo docente – com investimento em dedicação integral e titulação – e mais 180 dias para a readequação da infraestrutura e do projeto pedagógico.

Segundo o MEC, o plano de melhoria será acompanhado por uma comissão de avaliação, que fará relatórios bimestrais sobre a evolução da correção das deficiências. Caso as metas não sejam cumpridas, será instaurado um processo administrativo, que pode resultar no fechamento do curso.

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